O Alentejo é feito de costas abruptas e encostas suaves, erguido nos montes, nascido nas plantações, renascido no turismo, alimentado na boa mesa, retemperado nas praias, muitas, das melhores que o nosso país tem a oferecer. De Tróia a Odeceixe, na fronteira com o Algarve, as finas areias brancas, diluem-se na paisagem do mar infinito, azul e contagiante...
PORTO COVO
Integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Porto Covo era uma pequena aldeia piscatória que se desenvolveu bastante durante o séc. XX, conservando todavia o charme das suas ruas tranquilas com casas brancas imaculadamente caiadas, em que o mar é sempre o cenário de fundo.
Mesmo junto à aldeia, a Praia Grande tem as características de uma praia urbana, com bons acessos e infra-estruturas de apoio. Rodeada de grandes rochedos que a tornam mais abrigada, é banhada por um mar de águas límpidas que, por vezes, tem uma ondulação forte apreciada pelos surfistas.
ILHA DO PESSEGUEIRO
A Praia da Ilha do Pessegueiro está situada em frente à ilha que lhe dá o nome, onde se encontram vestígios de uma ocupação muito antiga, como a fábrica de salga de peixe da época romana, que se pensa estar na origem do seu nome por derivação do latim "piscatorius".
Durante o verão, diversos barcos proporcionam visitas à Ilha, atravessando o canal que foi usado como porto de abrigo pelos romanos e cartagineses e que hoje em dia oferece excelentes condições para a prática de desportos náuticos como o windsurf, a canoagem e o mergulho.
ODECEIXE
Classificada como uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, a praia de Odeceixe, localizada no extremo norte do concelho de Aljezur, tem a particularidade de conter uma praia fluvial, pois é limitada a nascente e a norte pela Ribeira de Seixe, que faz fronteira natural com o Alentejo. Tem por isso banhos de mar e de rio. A ribeira, que integra a maior bacia hidrográfica deste concelho, condiciona a dinâmica daquela praia, não só pela quantidade de sedimentos que a “alimenta”, como também pela energia das cheias, que em períodos muito chuvosos pode condicionar a forma e a dimensão desta praia.
A Praia de Odeceixe insere-se assim na extremidade de um vale dominado por esta ribeira, culminando encaixada entre altaneiras arribas de xisto e grauvaques, característicos desta região. A praia apresenta uma elevada qualidade paisagística e biodiversidade, podendo desfrutar-se de uma paisagem de rara e enorme beleza do topo das arribas. Estas constituem habitat privilegiado para a avifauna, proporcionando excelentes condições para a observação de aves, como a cegonha branca, o falcão-peregrino ou a gralha-de-bico-vermelho. É de facto neste Parque Natural, o único local do mundo onde é possível observar-se as cegonhas que nidificam nos rochedos marítimos.
MILFONTES
Eleita a “Melhor Praia de Rio” nas 7 Maravilhas Praias de Portugal 2012, a Praia das Furnas localiza-se na margem sul do Mira, tendo como cenário de fundo as praias da Franquia e do Farol e parte de Vila Nova de Milfontes. A partir de Vila Nova de Milfontes são dois os itinerários possíveis: pela ponte ou através de uma embarcação que, durante os meses de verão, assegura a ligação entre as duas margens.
Praia da Franquia, é uma das principais praias de Vila Nova de Milfontes e aquela que está mais próxima do meio urbano, junto à Avenida Marginal. Verdadeira praia de rio, situa-se junto à foz do Mira, na margem norte. De acesso fácil e fraca ondulação, é frequentada por famílias com crianças mas também pelos amantes dos desportos aquáticos. Todas oferecem excelentes condições para a prática de canoagem e stand up paddle é comum nesta praia.
ZAMBUJEIRA DO MAR
Integrada no Parque Natural da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano, a Praia da Zambujeira do Mar está rodeada por falésias altas, de onde se pode apreciar um deslumbrante panorama sobre o oceano. Banhada por um mar de ondulação forte, com boas condições para a prática de surf e bodyboard, a praia está situada junto à povoação da Zambujeira do Mar, com acesso directo.
Muito concorrida durante o verão, esta região regista uma enorme afluência de jovens que no 1º fim de semana de Agosto vêm assistir ao Festival do Sudoeste, um dos mais importantes festivais de música de Portugal.
ALMOGRAVE
Pertencente ao Concelho de Odemira, o Almograve caracteriza-se sobretudo pelo seu sossego impar, numa aldeia do litoral alentejano. A aldeia de Almograve fica a cerca de 500 metros do mar, convidando a um passeio a pé ou de bicicleta até à praia. Com duas partes muito distintas entre si, Almograve oferece uma das praias mais bonitas da Costa Alentejana. De um lado, a praia de rochas e arribas de xisto, do outro, a praia de areia encostada às dunas.
Almograve está Inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, permitindo ao visitante estar em contacto com a natureza no seu estado mais virgem, observando toda a riqueza da sua fauna e flora.
SAMOQUEIRA
Considerada, pelos que a visitam, uma das mais belas praias do Mundo. Intimista, serpenteia por entre os recortes na falésia oferecendo águas esmeralda, num ambiente paradisíaco. Grutas, ilhéus, piscinas naturais e uma cascata de água doce completam um cenário místico que encanta e cativa.
Não há palavras que a descrevam; não há foto que a dignifique – perante a magnitude do visualizado e no sentido de um dia ali passado. Possui passadiços de madeira que permitem a proteção das dunas e da vegetação endémica que aí reside.
A zona foi alvo de requalificação recentemente e apresenta parque de estacionamento. Situa-se em frente a uma exploração de avestruzes: um dos locais fotografados do Alentejo. Aconselha-se um passeio pelos trilhos dos pescadores, a pé.
VALE DOS HOMENS
A partir de Aljezur podem explorar-se as maravilhosas praias da costa ocidental, uma das quais, Vale dos Homens, constitui uma verdadeira pérola de tranquilidade. Limitada tanto a norte como a sul, por altas falésias, é uma praia pouco concorrida e uma excelente opção para quem prefere o sossego e o isolamento. Frequentada por naturistas e também pelos surfistas, devido às características da sua ondulação, esta praia é vigiada durante época balnear.
ARRIFANA
Localizada na pequena povoação piscatória da Arrifana, esta praia insere-se numa zona de elevada importância ecológica e rara beleza natural, desenvolvendo-se num areal com mais de meio quilómetro de extensão. Protegida por altas arribas xistosas, forma uma espécie de pequena baía, sendo por isso a praia menos batida pelo vento e pela forte rebentação das ondas. No topo sul desta praia marca presença uma negra e enorme rocha vertical no mar, a fazer lembrar uma estátua gigantesca, aqui denominada de “Pedra da Agulha”, que se tornou um ícone da costa sudoeste. Nas arribas que envolvem a praia, encontram-se habitats prioritários, como formações de Cistus palhinhae em charneca marítima, espécie de flora com estatuto de ameaça vulnerável e endemismo ibérico.
Estas arribas constituem também zona de nidificação para diversas espécies de avifauna, sendo uma das espécies mais comuns a Cegonha-branca (Ciconia ciconia). Em situação única no mundo, é aqui que encontramos os seus ninhos sobre as arribas marítimas ou em rochedos junto à costa - os palheirões. A norte da praia, junto à Fortaleza da Arrifana desfruta-se das mais belas panorâmicas da Costa Vicentina. Mais a norte, na Ponta da Atalaia, famosa pelos seus percebes, existem vestígios do maior Ribat muçulmano da Península Ibérica, um convento-fortaleza de grande valor arqueológico. É considerada excelente para a prática de desportos náuticos, como o mergulho, o surf ou o bodyboard, sendo muito procurada para a prática destas duas últimas modalidades.
BORDEIRA - CARRAPATEIRA
Constituindo-se como a praia mais extensa do concelho de Aljezur, com um areal de cerca de 3 km, a Praia da Bordeira situa-se a norte da Carrapateira, junto à foz da Ribeira da Bordeira, daí o seu nome. Tem uma elevada qualidade paisagística, conferida, quer pelas altas arribas que a limitam nas extremidades norte (xisto) e sul (formações rochosas do Jurássico), quer pelos arenitos de Silves, quer ainda a nascente pela ribeira da Bordeira e pelo sistema dunar. Bastante dinâmico, este sistema resulta dos fortes ventos do quadrante noroeste e está muito bem preservado no que se refere aos diferentes habitats que se desenvolvem ao longo dos diferentes níveis dunares.
Observa-se na duna primária uma comunidade considerável de Tammophila arenaria, que desempenha um papel fundamental na fixação das areias. O último nível dunar, constituído por dunas terciárias, é habitat prioritário caracterizado pela presença de várias espécies arbustivas, das quais se destacam os Thymus e a Armeria.Esta, é uma praia muito procurada para a prática de desportos náuticos, nomeadamente o kitesurf, devido à constância e intensidade dos ventos dominantes e à formação das ondas.
AMADO
A Praia do Amado é a praia mais a sul do concelho de Aljezur e localiza-se perto da aldeia da Carrapateira. Apresenta um extenso areal delimitado a sul e a norte por altas arribas que entram pelo mar. No limite norte desta praia surge o Pontal da Carrapateira, uma plataforma rochosa de elevado valor ambiental, apresentando habitats prioritários para a conservação da natureza a nível europeu. Além da qualidade cénica, a Praia do Amado é muito rica do ponto de vista geológico, verificando-se rochas sedimentares, metamórficas e de origem vulcânica (xistos, calcários, doleritos).
Considerada uma das melhores praias portuguesas para o surf, é um dos principais spots da Europa para esta modalidade desportiva. Tendo em conta as características da plataforma continental, aliando-se às características da ondulação e dos ventos dominantes, esta praia propicia ondas ideais. Palco de diversas competições nacionais e internacionais é muito popular ao longo do ano, pois nem só os mais experientes aqui vêm. Várias são as empresas de animação turística e escolas de surf e bodyboard que aqui ensinam a praticar estas modalidades, com uma oferta variada de aulas e programas de férias, usufruindo das excelentes condições naturais que esta costa encerra.
SANTO ANDRÉ
Junto à Lagoa de Santo André e integrada na área de Reserva Natural, a Praia da Costa de Santo André é um longo areal simultaneamente banhado pelo Oceano Atlântico e pelas águas tranquilas da lagoa. Rodeada por dunas douradas, esta praia de mar agitado é muito procurada pelos veraneantes. Quem prefere águas mais calmas, pode optar pela lagoa onde encontra condições para a prática de windsurf e canoagem ou simplesmente para passear, observando a belíssima paisagem e as diversas espécies de aves que ali nidificam.
A Lagoa de Santo André constitui um ponto estratégico para a estadia, passagem e nidificação de muitas espécies de aves migratórias. Foi declarada pela Comunidade Europeia, Zona de Protecção Especial para a avifauna e sítio RAMSAR sobre zonas húmidas de importância internacional. Integra também a Rede Natura 2000. Devido à sua excepcional importância ornitológica, faunística e florística foi declarada pelo estado Português a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha.
A superfície calma das suas águas, o voo rasante das aves e o verde dos pinheiros mansos fazem da Lagoa de Santo André um local paradisíaco, apresentando condições muito especiais para quem procura um contacto mais directo com a natureza. A lagoa de Santo André representa cada vez mais um pólo de atracção turística.
Fontes: www.visitportugal.pt • www.visitalentejo.pt • www.cm-aljezur.pt • www.cm-odemira.pt
Videos: Portugal Visto do Céu
Estendendo-se ao longo de mais de 100kms de costa, desde Porto Covo no Alentejo, até ao Burgau no Algarve, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina é o troço de litoral europeu melhor conservado, com várias espécies de fauna e flora únicas, sendo por isso visitado por muitos zoólogos e botânicos, oriundos de todas as partes do mundo. A paisagem é marcada pelas falésias escarpadas, representadas no símbolo do Parque, a que a erosão ao longo dos tempos deu várias formas e colorações.
Aqui, avistam-se muitas espécies de aves, como as raras águias pesqueiras, mas o destaque maior vai para as cegonhas-brancas, por ser este o único local do mundo em que elas nidificam nos rochedos marítimos. Outra raridade são as lontras, pois este também é o único lugar em Portugal e um dos últimos na Europa, onde é possível encontrá-las em habitat marinho. Da flora, que inclui o maior número de espécies prioritárias no país, fazem parte espécies que só aqui existem, e que têm nomes como a Biscutella vicentina ou o Plantago Almogravensis.
As Praias, muito procuradas pelos surfistas, são das melhores do país. A variedade é enorme, encontrando-se extensos areais ou pequenas praias aninhadas entre arribas e rochas. De entre tantas, podemos referir Porto Covo, Malhão, Vila Nova de Milfontes, Almograve, Monte Clérigo, Arrifana e a Praia do Amado. Se tiver energia e vontade de caminhar, pois os acessos nem sempre são fáceis, poderá descobrir muitas outras que se mantêm em estado quase selvagem.
No extremo sudoeste do Parque, não deixe de visitar o Farol, no Cabo de São Vicente que dá nome a esta parte da costa, e muito perto, a Ponta de Sagres, onde existiu a famosa Escola Náutica fundada pelo Infante D. Henrique no séc XV.
Para uma descontraída semana de férias à beira-mar, a Costa Vicentina tem praias inseridas num ambiente natural preservado e quase virgem, de paisagem protegida. Venha conhecê-las.
As praias da Costa Vicentina são uma excelente alternativa aos destinos de férias mais concorridos. Os acessos "difíceis" fazem com que sejam praias praticamente selvagens, algumas totalmente isoladas. Mas quem se dá ao "trabalho" de as procurar nunca se arrepende, pois tanto encontra extensos areais de areia fina e branca como pequenas praias aninhadas entre as falésias. Pode mesmo chegar a descobrir uma praia só para si, onde o mar convida a mergulhos prolongados. As temperaturas, essas, são sempre agradáveis na região.
Fontes: www.visitportugal.pt • www.visitalentejo.pt • www.cm-aljezur.pt • www.cm-odemira.pt
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Com uma costa bem preservada, o litoral reúne praias concorridas e outras em estado selvagem, entre a foz do Sado e o Algarve. Se de Tróia a Sines se usufrui de uma língua de areia contínua, com praias tão agradáveis como a da Galé, Melides ou Santo André, a partir do porto de Sines este paraíso natural de areia e mar avança por Porto Covo, Milfontes, Almograve e Zambujeira do Mar, ora em aberturas mais suaves ora mais escarpadas.
Mas nem só de praia vive esta costa. Há muito mais por fazer. Se é adepto do surf, windsurf ou kitesurf, não faltam por aqui ondas e os spots perfeitos. Se desejar aprender pode mesmo fazê-lo, por exemplo na Comporta e em Santo André. Estas águas vivas oferecem também uma grande riqueza de paisagem subaquática, sendo muito procuradas para mergulho. Pode também iniciar-se nesta prática, se estiver na zona de Milfontes. Em águas doces, a canoagem é uma opção, como nas lagoas de Melides ou Santo André, na Barragem de Santa Clara-a-Velha e pelo rio Mira.
Por terra, há muitas opções a partir de S. Torpes, percursos pedestres pela costa, integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, passeios a cavalo, em BTT ou de jipe.
E até pode voar. O parapente é uma modalidade com muitos praticantes em algumas falésias e elevações.
Fontes: www.visitportugal.pt • www.visitalentejo.pt • www.cm-aljezur.pt • www.cm-odemira.pt
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