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LAMEGO, Cidade Monumental

Lamego, cidade situada na margem do rio Douro, distrito de Viseu, um dos mais importantes centros urbanos da região do Douro.

LAMEGO, CIDADE COM HISTÓRIA!

Cidade muito antiga, teve ocupação romana, e foi conquistada em 1089 aos Mouros por Fernando Magno de Leão. É uma cidade histórica, possuindo uma grande quantidade de monumentos, igrejas e casas brasonadas, sendo também uma diocese portuguesa. Dos tempos medievais dão testemunho o castelo, no alto da cidade, a  e a pequena igreja de Santa Maria de Almacave.

A predominância da influência da Igreja ao longo de muitos séculos, que a extinção das Ordens Religiosas em 1834 viria a restringir, dotou Lamego de numerosos templos que revelam a influência clássica do tempo da sua construção nos sécs. XVI e XVII. Histórias contadas nos azulejos que revestem as paredes, pintura sacra e belas decorações em talha de ouro acrescentadas na época barroca são motivos para entrar quando passar por elas. Especial relevo para a Igreja do Convento de Santa Cruz, com vista para a cidade, e para o sumptuoso e monumental santuário barroco dedicado a Nossa Senhora dos Remédios, que no alto dos seus 600 metros responde ao apelo dos crentes aflitos, concedendo remédio para os seus males. A cidade presta à Senhora os merecidos agradecimentos dedicando-lhe todos os anos (entre os dias 6 e 8 de Setembro) a grande Romaria de Nossa Senhora dos Remédios.

Foi na Igreja de Almacave, uma das maiores jóias arquitectónicas do município, que D. Afonso Henrique reuniu as Primeiras Cortes, quando Portugal nasceu como nação independente. 

A Arquitectura religiosa tem em Lamego uma expressão singular, até porque Lamego é uma das mais antigas dioceses do país. A Igreja de S. Pedro de Balsemão, classificada Monumento Nacional, é o segundo templo mais antigo da Península Ibérica. Há quem diga que foi construída durante a dominação visigótica, mas há quem defenda que tem origem no século X. 

Sé Catedral de Lamego nasceu antes da fundação da Nacionalidade, mas o edifício, tal como o conhecemos hoje, é fruto de uma construção posterior, no século XII. 
As diversas reconstruções e acrescentos imprimiram-lhe uma variedade de estilos que se conjugam, tornando-a um dos mais belos monumentos da região.

Mais do que um espaço secular de oração, a Sé de Lamego é um verdadeiro museu onde estão guardados exemplares únicos da arte de diversas épocas. Destacam-se as abóbadas das três naves do interior, que foram pintadas pelo mestre italiano Nicolau Nasoni com cenas do Antigo Testamento. Crê-se que esta é a única obra de pintura desse artista, em Portugal, que sobreviveu ao tempo. 
A Sé Catedral de Lamego é o ponto de visita obrigatória para quem visita a região, pelo seu significado histórico e cultural.

Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e o escadório, edificado no século XVIII, no cume do Monte de Santo Estevão, em honra da Senhora dos Remédios, são o ex-libris de Lamego. 
O escadório, que se ergue desde o centro da cidade até ao cimo do Monte, está cheio de lugares sagrados e recantos surpreendentes. É provavelmente, o maior símbolo de devoção a Nossa Senhora dos Remédios. Em Setembro, dia e noite, Lamego vive intensamente a celebração da Romaria à sua padroeira. A cidade fervilha de emoções, acontecimentos culturais e religiosos: procissões, desfiles, folclore e muito, muito fogo-de-artíficio, bombos e bandas de música, que todos os dias levam a festa às ruas da cidade.

Todo o município está repleto de igrejas e capelinhas, pelourinhos, cruzeiros, aldeias históricas, pontes medievais e uma série de vestígios arqueológicos dos primeiros tempos do povoamento destas terras.

Os inúmeros visitantes de Lamego encontram história, tradição e uma forte herança cultural, mas também variadíssimos programas de lazer e desporto ao ar livre, graças às excelentes condições naturais para a prática de actividades desportivas, radicais e fluviais como pesca e canoagem nas águas límpidas dos rios Douro, Varosa e Balsemão.

A localização de Lamego tão perto das margens do rio Douro proporciona passeios onde se podem admirar admiráveis panoramas dos extensos vales onde nasce o vinho do Porto. 

Destas terras nascem as maçãs e as cerejas mais saborosas e a azeitona com que se faz um azeite de qualidade reconhecida em todo o país. Mas é a vinha que domina a paisagem e foi do vinho que as populações retiraram o seu principal sustento durante séculos.

Na gastronomia destacam-se os Presuntos, o Cabrito Assado com Arroz no Forno, os Milhos com Entrecosto, as Bôlas de Presunto e as Trutas com Presunto. Nos doces destaca-se a Tarte de Lamego e os doces das freiras do extingo Convento das Chagas: as gradinhas, celestes e os peixinhos de chila.

 

ROMARIA DE PORTUGAL

As festas tradicionais da cidade e Romaria de Nossa Sra dos Remédios decorrem anualmente entre 6 e 8 de Setembro. As festas foram crescendo ao longo dos tempos até se tornarem uma das mais grandiosas de Portugal, na qual os rituais religiosos e profanos se misturam numa harmonia perfeita. É oferecido um programa diversificado englobando exposições, concertos, desfiles, procissões, feiras, eventos culturais e desportivos de forma a atrair muitos romeiros, veraneantes e foliões.

Assim, durante estes dias de diversão é possível admirar a Marcha Luminosa, no dia 6 de Setembro à noite, e a Batalha das Flores, no dia seguinte à tarde, que percorrem as principais ruas da cidade engalanadas de alegria e cor.

A Romaria de Lamego, dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, vive o momento mais alto com a celebração da grandiosa Procissão do Triunfo, realizada a 8 de setembro, na qual os andores ostentam imagens sagradas puxadas por juntas de bois, como manda a tradição. Nesta altura, as ruas ficam ricamente ornamentadas, ganhando uma nova dinâmica, onde a componente religiosa adquire toda a sua plenitude.

As festas culminam com uma fenomenal sessão de fogo pelos quatro cantos da cidade.

SANTUÁRIO DE Nª Sª DOS REMÉDIOS

O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios fica situado em Lamego no monte de Santo Estêvão, sendo uma das principais igrejas de peregrinação do país. A partir da Avenida Dr. Alfredo de Sousa, no centro de Lamego, existe uma imensa escadaria que sobe até ao alto do monte, onde se encontra o Santuário. Erguido em 1750 a sua conclusão termina apenas em 1905 e substituiu a capela dedicada a Santo Estêvão.

Com o tempo, a devoção a Santo Estêvão foi decaindo e foi crescendo a dedicação à virgem, que era o alvo das preces de quem padecia de males e necessitava de ajuda, o que deu origem à devoção a Nossa Senhora dos Remédios.

O Santuário e o longo escadório de 686 degraus que sobe o monte, estão envolvidos por um denso arvoredo, o Parque de Santo Estêvão e que confere um ar místico ao conjunto. O parque é um local muito aprazível com vários locais de descanso.

Ao longo do escadório encontramos diversos patamares, onde encontramos diversas obras de arte. Esculturas com variados motivos, fontes, obeliscos, painéis de azulejos e uma capela são algumas das obras que pode encontrar.

O templo apresenta na sua fachada traços do estilo barroco e rococó. Na sua construção foi empregue a pedra de granito. No seu interior, encontra-se no altar mor a imagem da Nossa Senhora dos Remédios, esculpida em madeira, encontram-se junto dela três vitrais com as imagens de Nossa Senhora da Conceição, do Sagrado Coração de Jesus e da Anunciação.

Do Santuário a vista sobre Lamego é formidável. Este é um dos locais de visita obrigatória na região.

 

 

SÉ CATEDRAL DE LAMEGO

No centro de Lamego ergue-se a Sé Catedral. Datada do século XII, este imponente monumento sagrado em 1175 a S. Sebastião e a Santa Maria, só vê a sua conclusão acontecer provavelmente em 1191. No entanto, com o passar dos anos e as respetivas obras de remodelação que viria a sofrer, alteraram significativamente o seu original perfil românico.
É um monumento religioso de grande interesse, a entrada tem um amplo adro lajeado - datado do século XVIII, com a fachada marcada pela grandiosa torre. Das várias dependências que se prolongam a Norte da fachada principal, destaca-se o antigo Paço dos Bispos - uma construção do Barroco setecentista que á várias décadas vem sendo ocupado pelo Museu de Lamego. Aqui guardam-se algumas das melhores obras de arte da Sé e de outras casas religiosas da região.

O deslumbrante interior da catedral é separado em três naves divididas em três tramos e cobertas por abóbadas de aresta, assentando em arcos de volta perfeita e pilares generosos. Os tetos, majestosamente pintados no século XVIII pelo pintor-arquiteto italiano Nicolau Nasoni, revelam perspetivas do barroco triunfante e com temas bíblicos. Nas naves laterais há vários altares barrocos.

Na capela-mor, pode-se observar um retábulo combinando mármores e talha dourada, assim como um neoclássico cadeiral de alto espaldar. As portas, janelas, arcos e os seus órgãos são decorados por pomposas estruturas de talha dourada. No altar principal do Santíssimo Sacramento também se pode apreciar um trabalhoso frontal de prata – obra-prima de um ourives portuense do século XVIII. No coro alto, pode-se observar um esplendoroso cadeiral com pinturas do século XVIII.

O claustro cardinalício é uma construção do século XVI, estando este dividido em dois pisos e na planta inferior da crasta estão duas imponentes capelas, onde numa delas se faz notar a sepultura de D. Manuel de Noronha, um dos mais importantes bispos da diocese de Lamego.

 

CASTELO DE LAMEGO

Classificado como Monumento Nacional, o Castelo de Lamego ergue-se no ponto mais elevado do espaço muralhado onde a cidade teve origem. Encontra-se documentado desde os meados do séc.X, num período em que o Vale do Douro foi fortemente disputado pelas forças Cristãs e Muçulmanas até à “Reconquista” definitiva da cidade pelos exércitos de Fernando Magno, em 1057.

Sucessivamente transformada ao longo do tempo, a actual estrutura da Torre de Menagem e do recinto muralhado da Praça de Armas revela uma solução românica e gótica, dos séculos XII e XIII, embora se preservem vestígios de fases anteriores. Os trabalhos arqueológicos revelaram ainda a presença neste local de um cemitério cristão do período da “Reconquista”, relacionado certamente como desaparecido templo de S.Salvador, localizado nas proximidades.

O recente projeto de requalificação permitiu dotar o monumento de condições de visita, sendo possível percorrer todo o topo do recinto muralhado da Praça de Armas e disfrutar de amplas vistas sobre o Centro Histórico da Cidade. Os três pisos da Torre de Menagem acolhem um dos pólos do Centro Interpretativo de Lamego, dedicado à história da cidade e à evolução do espaço urbano. Aqui o visitante pode explorar uma "Timeline" da história de Lamego, assistir a uma projeção interativa de Video Mapping sobre a maquete topográfica do espaço urbano ou interagir de forma lúdica com réplicas de armamento medieval – catapulta e besta – no jogo do “Assalto ao Castelo”.

Cisterna de Lamego
Localizada no Bairro do Castelo, no interior do reduto muralhado que protegia a cidade, é justamente considerada uma das mais notáveis cisternas urbanas do período medieval (séc.XIII). Constitui um amplo reservatório de estrutura abobadada, construída em silhares graníticos siglados. No terraço superior, lajeado, rasgam-se ainda as aberturas que ao longo de sucessivas gerações permitiram à população urbana abastecer-se da água necessária às suas atividades quotidianas.

A recente reabilitação do monumento criou condições de visita ao interior da Cisterna, agora transformada em espaço expositivo. Em torno do elemento água, o visitante é convidado a mergulhar no passado anónimo e quotidiano da cidade antiga. Ao entrar na Cisterna, o visitante mergulha no passado, onde múltiplas memórias são projetadas ininterruptamente nas pedras que, outrora, foram apenas espetadoras. Uma sonoplastia associa-se ao espaço, recordando 800 anos de sons quotidianos: o sino, o galo, o pedreiro, o pregão, a procissão, o choro e o riso.

O Bairro do Castelo é um espaço muralhado onde a cidade de Lamego teve origem. O acesso faz-se por duas entradas (Porta dos Fogos ou Porta da Villa ou dos Figos e Porta do Sol), definindo estas a estrutura da muralha do primitivo burgo.

Porta dos Figos ou Fogos
A Porta dos Figos, Fogos, da Villa ou do Aguião é a entrada norte no Bairro do Castelos, possui um arco que é sustentado por dois baluartes, nestes existiram sinos e um relógio, que mais tarde passaram para a torre do Castelo. Na parte interna e superior existe um oratório restaurado (inicialmente era do séc.XVIII e dedicado à Nossa Senhora da Guia). Do lado esquerdo encontram-se as escadas de cantaria que davam acesso ao sino.

A Porta do Sol em pano de muralha de avultadas proporções, composta por arco quebrado, possui um nicho epigrafado, é uma das duas entradas no Bairro do Castelo, situada a sul, junto a esta encontra-se uma interessante casa brasonada que pertenceu à Ordem de Cister e mais tarde veio a ser Casa da Roda.

ENTRUDO DE LAZARIM

Diabólicas, carrancudas, com orelhas bicudas, barbas ou bigodes, com “cornos” e até a imitar animais, as genuínas máscaras de Lazarim saiem à todos os anos por altural do Carnaval. De sábado a terça-feira, esta tradição ancestral substitui as músicas ritmadas do Brasil e invade as ruelas desta pequena vila do concelho de Lamego para uma apresentação única de encenações antigas da cultura portuguesa. Todos os anos, milhares de visitantes visitam a vila para verem de perto os caretos, esculpidos em madeira de amieiro, fruto de um trabalho meticuloso de artesãos locais, dispostos a preservar a memória histórica das suas gentes e projetar Lamego em todo o mundo.

O ponto alto do Entrudo de Lazarim é, sem dúvida, a leitura dos testamentos da comadre e do compadre na terça-feira de Carnaval. Nesta altura, tapam-se os ouvidos aos mais sensíveis, pois é o momento das verdades guardadas durante todo o ano se fazerem escutar, uma missão a cargo de dois jovens, vestidos de negro, que, desenrolando lengalengas, criticam os rapazes e as raparigas da terra. Mas, regra de ouro, só os solteiros podem criticar e ser alvo de chacota.

Após os testamentos serem pronunciados, espaço para a realização de um cortejo até ao local onde o casal, representado por bonecos, é queimado simbolicamente. Atualmente, estes dois fantoches são peças de pirotecnia, que dançam e rebentam. Outro aspeto curioso destes testamentos é a atribuição de partes do corpo do burro àquele que está a ser satirizado. No final, para encerrar as comemorações do Entrudo é oferecido caldo de farinha e a feijoada a todos os presentes, ao som de uma intensa animação musical.

Organizado, em parceria, pela Junta de Freguesia de Lazarim, Casa do Povo de Lazarim e Câmara Municipal de Lamego, o Entrudo de Lazarim mantém-se o símbolo do sentir e da arte popular desta povoação, sempre em respeito pela autenticidade e pela tradição.

GASTRONOMIA & ARTESANATO

Lamego, terra de sabores e tradições, possui uma gastronomia ímpar, um paraíso de boa e diversificada comida, desde os pratos à doçaria tradicional. O coelho bravo, o cabrito assado, bem como os deliciosos petiscos de presunto, as bôlas (fiambre, presunto, vinha d’alhos, atum, frango, sardinha e bacalhau), os enchidos de porco, o biscoito da Teixeira, os “Lamegos”, entre outros, e as sumarentas frutas presentes nos pomares que se perdem de vista ao longo das encostas solarengas das terras do Douro são apenas algumas iguarias que deliciam o cliente mais exigente.

Destacam-se ainda o Cabrito Assado com Arroz no Forno, os Milhos com Entrecosto, as Bôlas de Presunto e as Trutas com Presunto. Nos doces destaca-se a Tarte de Lamego e os doces das freiras do extingo Convento das Chagas: as gradinhas, celestes e os peixinhos de chila.

A sabedoria aliada à arte de bem cozinhar e acompanhada com um bom e espirituoso vinho, ou por um excelente espumante, conferem à gastronomia lamecense a autenticidade e o requinte a qualquer refeição.

As iguarias, que se cruzaram durante séculos a fim de refinar o que de melhor existe em Lamego, comprovam que qualquer ementa que se seleccionar é repleta de cultura.
Para finalizar, esta refeição de paladares imemoráveis, reencontre-se com a essência histórica e patrimonial de saberes e arte do Douro - o Vinho do Porto -, considerado por muitos um dom da Natureza.

 

Artesanato
Lamego, cidade de uma cultura muito peculiar, tem demonstrado o seu património além fronteiras, através da mestria de artesãos naturais deste concelho que têm preservado ao longo dos séculos a identidade lamecense e atraído inúmeros curiosos, visitantes e turistas.

O amor à arte é evidente na elaboração dos artefactos, que preparados com o engenho e minúcia dos artistas, criam obras tradicionais em áreas muito distintas como cestaria, tanoaria, olaria, marcenaria, cantaria, funilaria, tecelagem, máscaras em madeira de amieiro, passando pelo ferro forjado, que constituem autênticos tesouros lamecenses. 
As albardas, cabeçadas, correias e outros utensílios para animais, são também elementos representativos do nosso artesanato.

cestaria é uma das artes mais típicas de Lamego e está associada aos métodos tradicionais de fazer a Vindima. Durante séculos, os cestos em madeira de castanho foram usados para transportar as uvas para as camionetas, que as levariam para os lagares e onde os típicos chapéus de palha usados de sol a sol na lavoura do dia-a-dia, permitem reviver memórias que se vão perdendo no tempo.

Associada ao vinho está a tanoaria, as pipas e tonéis em madeira de carvalho continuam a ser elementos associados à cultura e aos hábitos locais, que compõem a qualidade do vinho e o tornam singular. Hoje, constituem um dos mais simbólicos aspectos do artesanato e é por amor à tradição que muitos mestres resistem às novidades do progresso e continuam a fabricá-los manualmente, como nos velhos tempos.

Na freguesia de Lazarim, as máscaras de Carnaval esculpidas em madeira de amieiro são um dos ex-líbris, uma verdadeira obra de arte, e constituem motivo de orgulho da população lamecense. A festa do Entrudo está entre as mais emblemáticas da região e movimenta milhares de pessoas vindas de todas as zonas do país e até mesmo do mundo.