LOULÉ, SOL, MAR E SERRA...
A fundação da cidade é incerta e longínqua no tempo, mas existem vestígios concretos de ocupação romana, de que o centro de pesca e salga de peixe do Cerro da Vila em Vilamoura são o melhor exemplo, e sabe-se que quando os mouros aqui chegaram, em 715, já existia uma vila importante.
Foi reconquistada pelos cristãos em 1249, no reinado de D. Afonso III, tendo recebido Carta de Foral em 1266. Da Idade Média restou o Castelo, cujas torres ainda encontramos no meio do casario, assim como alguns panos de muralha. Em 1291, o rei D. Dinis institui uma feira em Loulé, tornando-a o centro comercial da região.
Sendo uma vila do interior, não beneficiou directamente das riquezas da Época dos Descobrimentos como vários lugares do litoral, embora se encontrem pormenores decorativos manuelinos nas casas e monumentos desse tempo que a reflectem, como na Igreja de São Clemente ou na Igreja da Misericórdia. O desenvolvimento económico veio da aposta nos produtos agrícolas, sobretudo dos frutos secos (amêndoas e figos) e das produções artesanais que se mantiveram durante séculos. Foi elevada a cidade em 1988.
Actualmente, Loulé é o centro económico do concelho mais extenso do país, onde as povoações costeiras vivem do turismo e as do interior do comércio e da agricultura. No seu perímetro, guarda alguns dos sítios turísticos mais conhecidos do Algarve, como Vilamoura ou Quarteira na costa e Salir ou Alte no interior.
Muito próximo da cidade, os amantes da natureza serão surpreendidos com os Sítios Classificados de Benémola e da Rocha da Pena que guardam um Algarve diferente, ainda com vegetação endémica e onde poderá fazer passeios organizados.
Os festejos do Carnaval de Loulé são dos mais famosos do país.
Vilamoura e Quarteira
Vilamoura é uma estância na região do Algarve, no sul de Portugal. É conhecida pela grande marina, pelos campos de golfe e pelo casino, bem como pela arenosa praia de Vilamoura. O museu arqueológico, Cerro da Vila, possui as ruínas de uma villa romana com banhos e mosaicos. Penhascos vermelhos circundam a Praia da Falésia, que se estende para oeste até à vila piscatória de Olhos de Água. Vilamoura funde-se com a cidade de Quarteira, a sudeste, onde existem mais praias.
Moderna, animada e sofisticada, Vilamoura desenvolveu-se à volta da marina e é hoje em dia uma das maiores estâncias de lazer da Europa.
A localidade é todo um empreendimento turístico construído a partir da década de 70 do século XX. Mas já os romanos conheciam esta região, como o provam as ruínas do Cerro da Vila, conservadas no Museu do mesmo nome, junto à estrada que dá acesso à Praia da Falésia.
Excelentes hotéis e aldeamentos e campos de golfe de renome internacional providenciam uma oferta completa para quem quer passar uns dias de descanso à beira-mar. A marina, a maior do país com 1300 postos de amarração, é o principal polo de animação, não só para os que chegam de barco, mas para todos os que passam férias nesta zona e vêm até aqui ao fim da tarde ou à noite para saborear um gelado ou jantar. Também é o local certo para compras, com uma grande variedade desde lojas de artesanato local às mais conceituadas marcas internacionais. E quanto à animação noturna, não faltam bares e discotecas com os melhores DJs e o Casino de Vilamoura que nos pode levar a adrenalina ao rubro.
Durante o dia há um sem número de atividades para praticar. Ténis, equitação, vela, windsurf, jet-ski, parasailing, passeios de barco, pesca desportiva, a panóplia é muito variada, o difícil mesmo será escolher. E as águas cálidas e areias douradas estão logo ali. Junto ao pontão leste da Marina, a Praia de Vilamoura com um areal que se prolonga até Quarteira, e do outro lado, a oeste, a Praia da Falésia, que se estende por quilómetros para só terminar nos Olhos de Água garantem muito espaço para estender a toalha e bronzear ao sol. Sem esquecer ótimas condições de segurança e muitos divertimentos para uns dias de sonho à beira-mar.
Junto a Vilamoura, uma das localidades mais concorridas do Algarve durante o verão, a Praia de Quarteira possui um areal muito extenso dividido por pontões de cimento. Separada da localidade pela Avenida Marginal, um passeio marítimo muito agradável, a Praia da Quarteira é banhada por um mar tranquilo e possui excelentes infraestruturas de apoio que proporcionam agradáveis momentos de lazer aos veraneantes.
UM DOS MELHORES DESTINOS DE GOLFE DA EUROPA
O Algarve é famoso pelos excelentes campos de golfe que possui e podemos afirmar sem exagerar, que os melhores se encontram no concelho de Loulé, quer em termos de traçado, quer no que respeita ao enquadramento paisagístico, não sendo raros os casos em que se desenvolvem ao longo da costa, proporcionando vistas espectaculares. Aliando estas potencialidades ao excelente clima da região, obtemos a razão pela qual os melhores golfistas de todo o mundo visitam os campos do concelho durante todo o ano.
Na Quinta do Lago, no Vale do Lobo e em Vilamoura encontram-se 13 campos formidáveis.
Alguns já foram palco de torneios internacionais como a Portugal Open ou o Portugal Masters.
ENCANTOS À VOLTA DE ALTE & SALIR
A Freguesia de Alte, com uma superfície de aproximadamente 97 km2, situa-se no centro do Algarve e no extremo noroeste do Concelho de Loulé. Estende-se por terras serranas e do barrocal, com a Serra do Caldeirão a erguer a norte. A Rocha dos Soidos, com 482 metros de altitude, é a zona mais elevada da freguesia, tendo outrora servido de referência aos navegantes. Deste local avista-se também toda a freguesia. Tal como outras freguesias do interior, Alte não foge à regra, possuindo fracos recursos económicos e vivendo de uma agricultura de susbsistência.
A aldeia de Alte, que já foi considerada a mais típica de Portugal, continua fiel às suas origens, mercê de um investimento de recuperação e manutenção efectuado pela autarquia, no sentido de preservar os seus traços originais, onde a Igreja Matriz, provavelmente edificada nos anos 1500, continua a ser a mais antiga referência histórica de Alte.
A aldeia, a Fonte Grande e toda a zona envolvente, caracterizada pelo ambiente pitoresco que a rodeia, são visitadas anualmente por muitos milhares de turistas que se demoram nos restaurantes e nos cafés da localidade, depois de terem adquirido o artesanato tradicional da terra, como os doces regionais, os brinquedos de madeira, a olaria e os trabalhos de esparto. As casas são brancas e simples e com poucas açoteias, mas possuem as mais belas chaminés rendilhadas do Algarve. Alte Aldeia Cultural e a Festa do 1º de Maio são, sem dúvida, os momentos mais altos dos festejos levados a efeito ao longo do ano.
A origem da povoação de Salir perde-se no tempo, sustentando-se a hipótese de ter sido habitada pelos Celtas. O Castelo de Salir deverá ter sido construído durante a ocupação Almóada, no Século XII, e terá sido o local escolhido por D. Paio Peres Correia para esperar por D. Afonso III, para juntos desencadearem a conquista do Algarve aos mouros, tornando-se então uma praça forte em que o Castelo de "Selir" (designação Árabe) deteve um papel privilegiado. No que se supõe, foi este incendiado e reconstruído por duas vezes, restando, apenas, ruínas das suas muralhas.
Freguesia de Salir é a maior do Concelho de Loulé e uma das maiores do nosso país, tem cerca de 200 km². É seguramente, uma freguesia das mais importantes. Situa-se na Beira Serra e faz a transição entre o Barrocal e a Serra Algarvia, e estabelece, ainda, a ligação entre o Alentejo e o Algarve.
Salir tem uma população estimada em cerca de 5.000 habitantes e é uma freguesia de base agrícola, ao mesmo tempo que ostenta um inestimável património histórico, natural e paisagístico. Produz amêndoas, alfarrobas, azeitonas, cortiça e trigo. No que se refere ao regadio, ocupa também um lugar de relevo uma vez que parte da freguesia se situa no prolongamento dos chamados "Barros Velhos" de Silves, excelentes para a hortofruticultura.
Salir oferece enormes potencialidades turísticas em diversas vertentes, como o Agro-Turismo, o Turismo de Habitação e o Turismo de Caça. O sítio do Malhão, o Serro dos Negros, o Serro do Alganduro, a Rocha da Pena, a Nave do Barão, a Cruz Alta, o Castelo de Salir, a Cabaça, o Carrasqueiro, o Morgado de Salir, a Rota das Noras e Azenhas, entre outros, constituem excelentes zonas de aptidão turística.
A Festa da Espiga, celebrada na Quinta-feira de Ascensão (Maio) é o acontecimento mais relevante ao nível das manifestações tradicionais da Freguesia de Salir, uma vez que encerra aspectos verdadeiramente ancestrais que estão relacionados com as raízes culturais das suas gentes. O desfile etnográfico, único no País, funciona como atractivo turístico a par de uma mostra/feira do mais genuíno artesanato.
Centro Histórico
O quadrilátero irregular da muralha medieval guarda muito do ambiente de outros tempos. Convite para um passeio por ruas sinuosas e estreitas, descobrindo aqui uma casa encantadora, ali a surpresa de um jardim, acolá uma ermida junto a uma antiga porta.
Importa também percorrer a parte da cidade que rodeia as muralhas, onde ainda se descobrem artesãos no seu labor secular, recantos como o pitoresco da Rua dos Arcos ou da fonte da Bica Velha, tão procurada em tempos idos pelas mulheres e aguadeiros.
Não acaba aqui a visita a Loulé. Falta penetrar no mercado, ao gosto árabe do início do séc. XX, com o seu colorido e bulício. Ou percorrer a Praça da República e outras ruas onde os burgueses ostentavam a sua riqueza numa arquitetura fantasista.
Castelo
Ocupando um canto saliente da colina onde se ergueu a primitiva povoação, integrava o conjunto de muralhas, com cerca de 940 metros de perímetro, que a defendiam. Origem possivelmente anterior à reconquista cristã (séc. XIII). Três torres, um torreão e parte das muralhas com caminho de ronda definem a estrutura defensiva. No seu interior, a alcaidaria – local de residência
do alcaide – que, com possível origem no séc. XIV, sofreu remodelação no séc. XVIII. A alcaidaria recebeu a visita dos reis D. Pedro I, em 1359, D. Afonso V, em 1458, após a conquista da praça norte-africana de Alcácer Ceguer, e D. Sebastião, em 1573. No pátio do castelo, um poço, algumas pedras medievais e o arco da antiga porta de ligação à povoação.
Igreja da Misericórdia
Edifício do séc. XVI, com um portal manuelino de tipo radiado, com calabres, fechado por dois pináculos. Frente ao pórtico, um cruzeiro do mesmo período com as imagens de Cristo e de Nossa Senhora. O retábulo de talha da capela-mor é um trabalho singelo do séc. XVIII, mas contém duas imagens do séc. XVI, uma delas em alabastro proveniente do antigo Convento da Graça.
Igreja Matriz de São Clemente
Construída provavelmente no local de antiga mesquita. Edifício do terceiro quartel do séc. XIII, integra-se, segundo os especialistas, no estilo gótico meridional. Sofreu alterações posteriores, sobretudo nos sécs. XVI e XVIII. Fachada com pórtico ogival envolvido por um gablete e um óculo. Porta lateral gótica.
Torre sineira proveniente da adaptação de um minarete muçulmano – local de chamada dos fiéis à oração –, com decoração terminal barroca.
Museu Municipal
Instalado no edifício da antiga alcaidaria, no castelo. A sua coleção abrange a arqueologia industrial do concelho. A alcaidaria contém, igualmente, o Arquivo Histórico Municipal e uma cozinha tradicional algarvia.
Ermida de Nossa Senhora da Piedade (MÃE SOBERANA)
Localizada sobre um outeiro, é um magnífico miradouro da cidade, dos campos em redor e do mar. A atual ermida, do séc. XVIII, ergue-se no local de edifício mais antigo. Estrutura arquitetónica singela. Altar-mor com retábulo de talha do séc. XVIII. A imagem da padroeira, de expressão dramática, é do séc. XVII. Numa das paredes, uma cruz em azulejo, com figuração do séc. XVIII.
A multissecular devoção à Mãe Soberana, que abrange Loulé e um vasto círculo do Algarve, tem o seu ponto máximo no segundo domingo após a Páscoa, em que o seu andor é levado por um grupo de homens, em passo de corrida, pelo íngreme caminho de acesso. Junto à ermida existe também um santuário.
Escavação visitável dos banhos islâmicos de Loulé
Das escavações arqueológicas realizadas no centro histórico destaca-se a descoberta dos banhos públicos islâmicos, não só por serem únicos até ao momento no actual território português mas também pelo grau de conservação que apresentam. Os trabalhos arqueológicos encontram-se ainda a decorrer, pelo que apenas uma parte do antigo edifício se encontra actualmente escavada.
Convento da Graça
Do antigo convento apenas resta o portal gótico da igreja, com capitéis de decoração vegetal. No gablete mutilado, uma estrela formada por dois triângulos cruzados, símbolo ainda não decifrado.
As Minas de Sal-gema de Loulé
Dos muitos quilómetros de galerias que se estendem sob Loulé, entre os 230 e os 270 metros de profundidade, é extraído sal-gema de grande pureza (teor superior a 90 por cento). Uma curiosidade de Loulé que, por enquanto, não é atrativo turístico
Mercado de Loulé
O Mercado de Loulé situa-se num edifício emblemático do início do século XX, cuja construção data de 1908. Ele é facilmente identificável pela sua traça exterior e pelas suas imponentes cúpulas avermelhadas. Este espaço central da cidade atrai milhares de visitantes não só pelo seu valor arquitectónico e patrimonial, mas também pela sua funcionalidade. Aqui é possível envolver-se pelas cores, cheiros e sons do mercado de Loulé e encontrar uma grande variedade de produtos frescos da zona rural do concelho, sobretudo aos sábados, agricultores da região e do Alentejo vendem aqui os seus produtos.
UM ITINERÁRIO ARQUEOLÓGICO
Para os interessados na pré-história, o dólmen do Cerro das Pedras, o menir caído de Alagoas em pedra calcária trazida de longe, ambos nas proximidades de Salir, e as antas do Beringel e Pedra do Alagar (Ameixial) são vestígios que recuam até ao período Megalítico.
Da ocupação romana, a “villa” rústica do Cerro da Vila (séc. III), em Vilamoura, é o principal testemunho, pelos mosaicos que revestem alguns compartimentos e pela estrutura do balneário. O local foi habitado desde o séc. I até ao séc. XI, durante o domínio muçulmano. Seguem-se as pontes de Tor, sobre a pitoresca ribeira de Algibre, com cinco arcos e fortes talha-mar, a de Barão, com apenas quatro arcos, sobre a ribeira de Quarteira, e perto de Loulé a de Álamos, mais modesta nos seus dois arcos.
Junto ao litoral, a estação arqueológica de Loulé Velho, com vestígios de tanques de salga de peixe, é mais uma confirmação da intensa atividade piscatória desenvolvida no Algarve, durante séculos, pelos romanos.
DAS PRAIAS À SERRA DO CALDEIRÃO
Primeiro, são os areais extensos onde os corpos se bronzeiam e a vida toma a cor do Sol. Depois, os campos quase planos sombreados pelos pinheiros e pomares. Quando a paisagem se desdobra em colinas suaves e redondas e começam a predominar as figueiras, as amendoeiras, as alfarrobeiras e as frescas hortas, estamos no Barrocal. É altura de apreciar as casas com platibandas coloridas de povoações como Boliqueime, com a sua igreja branca no topo de um cerro, as margens salpicadas com o rosa pálido dos aloendros da ribeira de Algibre.
A serra do Caldeirão, sem ser alta – altitude máxima próxima dos 600 metros –, domina o espaço do concelho de Loulé, abrindo amplas perspetivas ao virar de cada curva, no alto de cada monte. Nas encostas e vales escondem-se povoações pequenas e pitorescas e, de vez em quando, surgem as “naves” onde crescem laranjeiras, figueiras e amendoeiras e medram o milho e o
feijão. Tudo o resto são extensões de sobreiros, medronheiros, estevas, urzes e rosmaninho, onde o ar puro tem um perfume silvestre.
Nos vastos espaços de serra não falta a companhia das aves de rapina e das aves canoras, raposas, javalis e coelhos, que criam, assim, motivos adicionais de interesse para os que desejam descobrir a beleza de um Algarve tantas vezes esquecido.
As praias do concelho de Loulé apresentam condições de excelência para a prática balnear pelo que todas ostentam o Galardão Bandeira Azul.
O clima ameno, as longas horas de sol, os sofisticados e luxuosos equipamentos turísticos e as vastas áreas naturais de pinhal, sapal e dunas, favorecem e completam esta oferta qualificada.
Praia de Vilamoura
Cosmopolita e vigorosa é caracterizada pela elevada qualidade dos equipamentos e serviços e apresenta amplos espaços e excelentes condições de acessibilidade e mobilidade para todos.
Vilamoura é um grande centro de lazer, desporto e cultura, onde predomina o golfe e se destaca a Marina com uma sofisticada envolvente de alojamentos, esplanadas e lojas e uma vasta oferta de atividades e desportos náuticos. Na envolvente, a extensa rede de ciclovias favorece o contacto com os espaços naturais em perfeita harmonia com o aglomerado urbano.
Praia de Quarteira
Urbana e intensa, é delimitada por pontões de defesa costeira e apresenta amplos espaços que convidam a uma multiplicidade de usos distintos. Com acessibilidade e mobilidade para todos, disponibiliza uma vasta oferta turística. Na envolvência imediata, a extensa avenida em calçada portuguesa convida a passeios e a momentos de descontração, apresentando vários espaços de lazer apelativos, com esplanadas e muita animação durante a época balnear.
Praia do Forte
Espontânea e versátil, situa-se na zona de transição do espaço urbano de Quarteira para uma área natural de dunas extremamente sensíveis. Apresenta um extenso areal e oferece condições privilegiadas de acessibilidade e mobilidade para todos. A nascente, as arribas de intensa cor ocre contrastam com o verde dos pinhais. Em maré baixa, é possível observar vestígios do Forte Novo, edificado no reinado de D. João II.
Praia do Almargem
Genuína e vulnerável, apresenta um magnífico cenário paisagístico dominado por uma extensa mancha de pinhal que envolve a foz da ribeira do Almargem, habitat de excelência para aves aquáticas. A zona balnear, com desportos náuticos motorizados, estende-se ao longo de uma língua de areia localizada entre a lagoa e o mar e goza habitualmente do isolamento e da tranquilidade do meio envolvente.
Praia de Loulé
Tranquila e singular, está localizada numa zona isolada entre Quarteira e Vale do Lobo. É envolvida por uma faixa de arriba com pinhal e por uma área de frágeis dunas que fazem barreira com uma zona húmida. A zona balnear apresenta uma oferta qualificada centrada no apoio de praia. Com amplos espaços propícios a uma maior privacidade oferece condições privilegiadas de acessibilidade e mobilidade para todos.
Praia de Vale Lobo
Ativa e exuberante, é envolvida pelo complexo turístico de alta qualidade e tem como imagem emblemática as arribas ocres e rubras, que lhe conferem uma beleza acrescida. Apresenta uma vasta e completa oferta de serviços e facilidades caraterizada pela excelência.
Em Vale do Lobo realizam-se habitualmente muitos eventos musicais e de arte, sendo também de destacar a prática do golfe e os torneios de ténis.
Praia do Garrão
Harmoniosa e aprazível, encontra-se localizada junto ao empreendimento turístico Dunas Douradas e é envolvida por uma vasta área de dunas em recuperação. Com acessibilidade e mobilidade para todos, apresenta amplos espaços e uma oferta de excelência centrada no apoio de praia.
Junto à praia encontra-se uma lagoa de água doce, zona húmida de grande interesse para a avifauna da região
Praia do Ancão
Natural e serena, está inserida no Parque Natural da Ria Formosa e é a mais isolada do concelho. É envolvida por um extenso cordão dunar e está associada a uma zona húmida com características de sapal. Apresenta um amplo areal e zonas propícias a uma maior privacidade e descrição. Os apoios de praia proporcionam uma oferta qualificada e de referência.
Para trás fica o bosque de pinheiros mansos e a riqueza de fauna e flora característica da orla litoral, que convida a longos e tranquilos passeios.
Praia da Quinta do Lago
Distinta e sublime, situa-se em pleno Parque Natural da Ria Formosa e está associada a uma estância turística de alta qualidade que apresenta uma oferta de referência internacional, onde se destaca a prática do golfe. O acesso à praia é feito através duma extensa ponte em madeira, que se eleva em harmonia sobre os esteiros da ria.
Esta zona de grande biodiversidade e variedade de habitats apresenta um grande equilíbrio ecológico e é um local privilegiado para a observação de avifauna.
NATUREZA
Parque Natural da Ria Formosa (PNRF)
É a maior e mais importante zona húmida do Algarve, situando-se entre o Ancão (Concelho de Loulé) e a Manta Rota (Concelho de Vila Real de Santo António). Estendendo-se ao longo de 60 Km de costa, ocupa uma área de 18 400 ha, dos quais 893 pertencem ao Concelho de Loulé. A maior parte desta área protegida corresponde ao sistema lagunar da Ria Formosa, um cordão de ilhas e penínsulas arenosas que se estendem paralelamente à costa, protegendo assim uma laguna onde se desenvolve um labirinto de sapais, canais, zonas de vasa e ilhotas. É uma área de grande importância, pois apresenta uma elevada variedade de habitats aquáticos e terrestres.
Paisagem Protegida da Rocha da Pena
Relevo calcário marcado por escarpas abruptas, a Rocha da Pena eleva-se até aos 479 metros, tornando-a num miradouro natural de vastos panoramas que abrangem o mar.
O principal interesse da Rocha da Pena está, porém, no seu património arqueológico e natural.
As suas grutas e a dupla muralha de pedra que definem antigas defesas apontam para uma presença humana desde o Neolítico até à ocupação muçulmana. A vegetação, além de alguns endemismos portugueses, inclui o medronho, o alecrim, o rosmaninho, a aroeira, o zimbro e a esteva, algumas orquídeas espontâneas e o carvalho cerquinho, entre outras espécies.
Também a fauna é valiosa e variada, pois inclui, além de outras aves, colónias de águias de Boneli e bufos reais, morcegos e pequenos carnívoros como as ginetas, as raposas e os saca-rabos. Entre as curiosidades da Rocha da Pena estão os dois velhos moinhos de vento e a pitoresca povoação da Penina que, numa das suas casas, tem uma bonita chaminé construída em 1821. Percursos pedestres de visita.
Paisagem Protegida da Fonte da Benémola
Local de paisagem aprazível atravessado por uma ribeira. Nas suas margens habitam algumas espécies vegetais pouco comuns no Algarve – salgueiros, freixos e folhados –, além de aloendros, choupos e tamargueiras. Nas encostas do vale encontramos vegetação típica do barrocal algarvio como o alecrim, o rosmaninho, o tomilho, a esteva, o zambujeiro, o sobreiro e a alfarrobeira.
Entre a fauna, destacam-se a lontra, a grande diversidade de aves e algumas colónias de morcegos. Percursos pedestres de visita. Na área do parque situam-se grutas com fragmentos arqueológicos. No acesso, o miradouro do Cerro dos Negros, com amplos panoramas que abrangem o litoral e o mar
O Concelho de Loulé oferece ao visitante uma panóplia de gostos e sabores, fruto da diversidade das produções no campo agrícola, pecuário e piscatório, uma vez que o Concelho abrange uma extensa área de Serra, Barrocal e Litoral.
Rica e diversificada, mas simples, a cozinha e a doçaria do Concelho de Loulé são, de facto, valores a descobrir.
Mais do que sol e praia o Concelho de Loulé tem para oferecer a todos os seus visitantes uma cozinha rica e variada, fruto das várias influências que decorrem da sua situação geográfica privilegiada. Explorar Loulé e as suas tradições implica mergulhar no fantástico mundo dos seus mil e um sabores, dos seus produtos coloridos e aromas incomparáveis.
Visite-nos e atreva-se a entrar na grande aventura gastronómica do nosso Concelho.
O peixe fresco é um dos prazeres da mesa oferecidos por Quarteira, terra de pescadores.
Têm merecida fama a sardinha assada e outros peixes grelhados. O mar está também presente nas receitas tradicionais do carapau de tomatada, das lulas com ferrado, da sopa de pão com conquilhas, de creme de camarão e de arroz de polvo.
O interior, porém, domina a cozinha de Loulé. Em mais de uma dezena de receitas quotidianas, as ervilhas, o grão, o milho, os chícharos, as favas e o feijão locais têm lugar de honra. Para os dias de festa, o paladar apura-se na lebre com vinho branco, na galinha cerejada de Loulé e na carne de porco frita, condimentada com alhos, louro, pimenta, cravinho, pimentão-doce e limão.
Nos doces, não devem ser esquecidos os bolos de faca, de prata e de chila, ricos em ovos e açúcar, os bolinhos e queijinhos de amêndoa, o folar e os mexericos de Boliqueime, as cavacas e os esquecidos de Alte.
Da serra vêm ainda o mel de flores silvestres, os queijos de cabra e a sempre deliciosa aguardente do medronho colhido por entre os matagais. De referir também a produção de licores, doces e compotas, feitos à base de uma variedade de produtos locais que vão desde os frutos às ervas aromáticas da região, provenientes de Querença e Benafim.
ARTESANATO
Muitas das tradições artesanais do Algarve mantêm-se vivas em Loulé. Comprovam-no os que trabalham o cobre, o ferro e a madeira fazem peças de latoaria quase caídas no esquecimento.
Comprovam-no ainda os que moldam o barro em múltiplos objetos úteis e decorativos e os que criam simpáticas bonecas de trapo e juta.
Um pouco por todo o concelho, o artesanato está também presente. A empreita, entrançado das folhas das palmeiras anãs com que se fazem chapéus, alcofas, capachos e tantos objetos úteis, continua a ocupar as mulheres de muitas aldeias. Em Almancil e nas Quatro Estradas, as olarias continuam a produzir as velhas e novas formas do barro vidrado e colorido.
Os antigos teares de madeira ainda funcionam para tecerem coloridas mantas. O esparto, que em tempos ocupava centenas de mulheres, é transformado em capachos, alcofas e objetos decorativos em Sarradas e Salir e é exposto em Alte, na Casa da Memória, que ao pequeno museu juntou uma oficina de cerâmica. Em Torre, fabricam-se brinquedos de madeira e no Cerro costureiras fazem trajos inspirados no vestuário antigo.