SEIA, UMA REGIÃO PARA AS QUATRO ESTAÇÕES!
Situada no setor sudoeste da Serra da Estrela, Seia assume-se como um local privilegiado de encontro com a natureza no seu estado mais puro. Pela diversidade e beleza paisagística, enquanto área de grande importância ecológica e de características únicas no país, Seia merece a visita de quem a procura como porta de entrada na mais imponente montanha portuguesa, a serra da Estrela, em qualquer época do ano.
Os dias longos e amenos, da Primavera e Verão, são os que melhor permitem desfrutar da Natureza, convidando à prática de pedestrianismo e outros desportos de natureza. A este respeito, o território dispõe de uma vasta rede de percursos pedestres constituída por 14 rotas, com cerca de 100 km, que dão a conhecer a riqueza natural e cultural das paisagens e das comunidades das Aldeias de Montanha.
Estão, ainda, em implementação no concelho um conjunto de Percursos Cicláveis corn 15o km de trilhos de diferentes altimetrias, desde os mais acessíveis localizados nas terras chãs da montanha, aos mais exigentes que farão a ligação do Centro de BTT Seia - Aldeias de Montanha ao Centro de BTT mais próximo, localizado em Manteigas.
As praias fluviais, entre outras áreas balneares construídas nas ribeiras e rios, de águas puras e cristalinas constituem igualmente interessantes escolhas no calor do Verão. Refrescar-se na única praia fluvial portuguesa situada num vale glaciário - a praia de Loriga, com qualidade de água de ouro, ou nas praias fluviais de Sandomil, Vila Cova à Coelheira (praia Acessível) e Lapa dos Dinheiros (praia Acessível) são ótimas opções.
No Outono a serra ganha cores quentes e suaves e no Inverno a neve transforma a paisagem e cria cenários únicos e de rara beleza.
Neste ambiente, a fruição da neve e a prática de desportos de inverno (Pistas SKIVodafone) são uma realidade exclusiva em Portugal.
A tudo isto, o concelho tem conseguido afirmar-se através de um conjunto de eventos ao longo ano direcionados para públicos distintos: Feira do Queijo, Skyroad, Maratona de BTT e Oh Meu Deus, nas vertentes do cicloturismo e ultra trail; Cabeça, Aldeia Natal; Festival deJazz; Festival de Artes de Seia - Artis; Festa da Transumância e dos Pastores, Festas do Concelho, etc.
O concelho está também dotado de uma rede de equipamentos museológicos e culturais de grande relevância. Evidenciam-se o Museu do Brinquedo, o Museu Natural da Electricidade, o Museu do Pão, o Museu Etnográfico do Rancho Folclórico de Seia e, numa vertente mais interpretativa, o CISE (Centro Interpretação da Serra da Estrela).
MUSEUS
Museu do Brinquedo
O Museu do Brinquedo de Seia apresenta uma colectânea de cerca de 8000 brinquedos de Portugal e do mundo, do passado ao presente e assim, serve como uma lembrança da nossa infância e de como crescemos como indivíduos e comunidades transformando-nos na sociedade actual.
Este nasceu, não com a pretensão de reunir a melhor colecção de brinquedos, mas sim com o objectivo de popularizar o seu conhecimento entre o grande público e muito especialmente entre as jovens gerações, relembrando a todos aqueles que o visitam, que os brinquedos, além de serem fonte de alegria são, também, um elemento valioso para o pleno desenvolvimento da criança.
Museu Natural da Electricidade
O Município de Seia inaugurou a 11 de abril de 2011 o Museu Natural da Electricidade, espaço museológico que nasce a partir da centenária Central da Senhora do Desterro, e que pretende divulgar o património tecnológico, natural, social e cultural que lhe está associado.
Localizado na Senhora do Desterro, o Museu Natural da Electricidade transporta-nos até 1907, ano em que se iniciou a construção do primeiro, dos quatro existentes sobre o rio Alva, aproveitamento hídrico (Central da Senhora do Desterro) a ser instalado pela Empresa Hidroeléctrica da Serra da Estrela (EHSE), hoje EDP. Tal feito permitiu que a 23 de Dezembro de 1909 a energia elétrica chegasse a Seia pela primeira vez. Antecessora daquilo que são hoje os serviços da EDP, pelo processo de nacionalização que decorreu em 1975, a EHSE foi um marco no desenvolvimento da região.
Estes acontecimentos foram de grande relevo para o concelho e marcaram o início de uma era de parcerias que o Município de Seia viria a estabelecer com a EDP. Uma dessas parcerias é a utilização e fruição de cerca de 140 ha de terreno, área designada por Mata do Desterro que conflui com o Museu Natural da Electricidade.
Museu do Pão
O Museu do Pão, sediado em Seia na Quinta Fonte do Marrão, é um museu privado que pretende recolher, preservar e exibir os objetos e o património do pão português nas suas vertentes: etnográfica, política, social, histórica, religiosa e artística.
O projecto do Museu do Pão remonta a 1996, surgindo na sequência de sinergias criadas entre historiadores, empresários e docentes. Desde esse ano de 1996 e até à sua abertura, a 26 de Setembro de 2002, procedeu-se à recolha do espólio, seja através de compra em antiquários, alfarrabistas e leilões, seja através de doações.
Entretanto a recolha de espólio continua sempre, na medida em que se pretende a constante renovação do Museu, condição indispensável para a plena prossecução dos seus objectivos.
O espaço do Museu resultou da reconstrução e ampliação de um edifício pré-existente, e nos longos trabalhos da mesma utilizaram-se materiais típicos da região, como a madeira e a pedra, de molde a integrar plenamente o imóvel na paisagem serrana envolvente.
O resultado foi um complexo museológico com mais de 3.500 m2 de área coberta, constituindo-se assim este Museu do Pão como um dos maiores, senão o maior, Museu do Pão em todo o mundo.
SANTUÁRIO SENHORA DO DESTERRO
Distribuídas pelas duas margens do rio Alva, na Senhora do Desterro, as dez capelas do Santuário de Nossa Senhora do Desterro foram classificadas como conjunto de interesse público, pela Portaria nº298/2014 de 7 de maio de 2014.
No enquadramento do Santuário da Senhora do Desterro, o documento refere a importância histórica das dez capelas, “sucessivamente erguidas ao longo de mais de 200 anos, pelo menos entre 1650 (fundação da Capela de Nossa Senhora do Desterro, ampliada no início do século XIX) e 1892 (consagração da Capela da Senhora da Boa Viagem, ex -voto de doador particular, resultante de uma empreitada tardia, sem relação com o tema geral do santuário).” As outras oito capelas são dedicadas a Nossa Senhora da Anunciação, Nossa Senhora da Apresentação, Senhora dos Prazeres (capela dos Doutores), Senhora da Piedade, Senhora do Encontro, Senhora das Dores, capela do Horto e capela do Calvário.
De carácter religioso, o conjunto das capelas, na sua generalidade, é evocativo “dos ciclos da Infância e Paixão de Cristo, em diversos pontos coincidentes com a Vida e Paixão da Virgem e os Mistérios do Rosário, representados em imaginária ou pintura no interior das capelas, caracterizadas pela grande depuração arquitetónica, complementada por algumas fachadas de linguagem barroca.”
Pela singularidade de cada uma das dez capelas que compõem o Santuário da Senhora do Desterro, mas essencialmente pelo simbolismo religioso que representa para os cidadãos do nosso território, a Classificação do Santuário de Nossa Senhora do Desterro como conjunto de Interesse Público, vem sublinhar a importância histórica do local, bem como reforçar a proteção do mesmo e da sua envolvente.
Referir igualmente a mais valia patrimonial e turística que tal significa para o município, que deste modo reforçam o potencial do Turismo Cultural e de Natureza na região. Trata-se de uma área protegida, com forte projeção ambiental, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, onde a autarquia tem apostado, traduzido em investimentos na conservação da natureza e na proteção do património natural e construído da Senhora do Desterro, nomeadamente com a implementação do projeto de uso múltiplo da floresta e com a remodelação da centenária hidroeléctrica da Senhora do Desterro, convertida em 2011 em Museu Natural da Electricidade.
No âmbito da conservação, para além da restauração da vegetação natural e promoção da biodiversidade, existem no local um conjunto de percursos pedestres de pequena rota que permitem auxiliar os visitantes na compreensão da paisagem, nas suas várias componentes, geologia, flora e vegetação, fauna e costumes do local.
CAMINHOS DE MONTANHA - PERCURSOS PEDESTRES E CÍCLAVEIS
Catorze pequenas rotas pedestres e uma grande rota dão a conhecer o território das Aldeias de Montanha.
Quatro itinerários cicláveis percorrem uma área que se estende das zonas mais montanhosas às faldas da serra da Estrela.
Está em fase de implementação a rede de percursos pedestres das Aldeias de Montanha, agora constituída por 14 rotas, com cerca de 100 km.
A rede dos Caminhos de Montanha abrange o território das Aldeias de Montanha e contempla um total de 14 percursos pedestres: Rota da Ribeira do Piódão (Vide); Rota da Ribeira de Loriga (Loriga, Vide e Cabeça); Rota dos Socalcos (Cabeça); Rota da Eira e Rota da Garganta de Loriga (Loriga); Rota da Missa (Teixeira); Rota das Canadas (Alvoco da Serra); Rota do Volfrâmio (Sazes da Beira); Rota das Minas do Círio (Valezim); Rota da Caniça (Lapa dos Dinheiros); Rota do Vale do Rossim; Rota da Fervença (Sabugueiro); Rota da Ribeira de Alvoco (Alvoco da Serra - Vide); e Rota do Pastoreio (Alvoco da Serra - Torre).
Este conjunto de rotas foi previamente estabelecido e amplamente discutido com as comunidades locais e foram identificadas 14 rotas, encontrando-se de momento em fase de sinalização. O trabalho está a ser desenvolvido pelo Município de Seia, através do CISE - Centro de Interpretação da Serra da Estrela. Até ao momento estão em condições de se realizar, em ambos os sentidos
Créditos, Fotos e Informações: www.cm-seia.pt
Facebook: www.facebook.com/cmseia
ALDEIAS DE MONTANHA
No sopé da montanha, alojadas em vales cavados por rios e ribeiras de águas correntes e límpídas, descobrem-se um conjunto de aldeias de montanha, tradicionais e acolhedoras, detentoras de características únicas, aglomerados representativos de um riquíssimo património histórico/cultural e ambiental. Este património coletivo integra a Rede das Aldeias de Montanha, um projeto de desenvolvimento que proporciona aos visitantes experiências genuínas num contexto de montanha. Desta oferta destaca-se uma rede de percursos pedestres e cicláveis (os já identificados Caminhos de Montanha), um plano de animação (Festas de Montanha), assente na identidade e tradições locais, e um conjunto de produtos de elevada qualidade que respeitam a memória da Estrela.
A Câmara de Seia editou um roteiro turístico das Aldeias de Montanha em redor do maciço central da Serra da Estrela.
A brochura turística refere sucintamente as potencialidades naturais das povoações situadas em plena Serra da Estrela, como é o caso das freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Lapa dos Dinheiros, Loriga, Sabugueiro, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim e Vide.
Tendo em conta a localização privilegiada destas freguesias, que se encontram alojadas em vales cavados por rios e ribeiras, que têm as suas nascentes no alto da serra, estas “aldeias” são, sem dúvida, palco para um encontro privilegiado com as maravilhas naturais, e com as populações, que mantêm ainda hoje as tradições de sempre.
O objectivo deste projecto é preservar e requalificar o património e ligar as várias aldeias em rede, elaborando roteiros integrados cujo objectivo fundamental passa pelo desenvolvimento dessas mesmas zonas através do turismo, até porque a Serra da Estrela aparece como um palco privilegiado para a demonstração de um novo conceito de turismo: o turismo da natureza.
PRAIAS FLUVIAIS
Praia Fluvial de Loriga
Localizada num contexto ambiental de excelência, atribuído pelo Parque Natural da Serra da Estrela, a Praia Fluvial de Loriga é um santuário para os amantes da natureza, do ambiente, da calma e da serenidade, onde ainda são visíveis os vestígios deixados pelo glaciar que abriu o Vale de Loriga.
Situada no curso da Ribeira de Loriga, que nasce no planalto superior da serra da Estrela, a praia fluvial de Loriga distingue-se por ser a única praia portuguesa situada num vale glaciário e pelas suas águas puras e cristalinas, muito procuradas e apreciadas por banhistas e cuja qualidade tem sido atestada pela atribuição do galardão de ouro, uma menção atribuída pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza. Esta praia foi também umas das finalistas das “7 Maravilhas – Praias de Portugal”, na categoria de Praias Fluviais.
O relevo acidentado e o valor ambiental da paisagem envolvente determinam uma elevada aptidão para a prática de atividades de aventura, desportos de natureza ou pedestrianismo.
Como a própria Praia, também os socalcos e a sua complexa rede de irrigação, uma obra construída ao longo de centenas de anos e que transformou um vale rochoso num vale fértil, são um verdadeiro ex-libris, uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila de Loriga.
Sandomil
Situada nas margens do rio Alva, a zona balnear de Sandomil detém características naturais e edificadas que potenciam a utilização do espaço como área de banhos e lazer. Ao longo da margem esquerda do rio, para além extenso relvado, este local beneficia da existência de ensombramento natural de uma densa área arborizada com plátanos e amieiros e está dotada de um amplo espaço de merendas, equipado com mobiliário urbano.
A jusante da zona de banhos e parque de merendas existe um passadiço suspenso em estrutura metálica e a montante da zona balnear existe uma ponte medieval que permite a circulação rodoviária e pedonal de acesso à aldeia e à zona de banhos e lazer.
Vila Cova à Coelheira
Localizada na margem esquerda do rio Alva, nos limites do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), esta zona de lazer situa-se num local com elevada qualidade paisagística, junto à linha de água, cuja beleza e características naturais do local potenciam a utilização do espaço como zona balnear, lazer e recreio.
De destacar a envolvência da zona balnear, composta por um parque de merendas equipado com mobiliário urbano, e que beneficia da existência de ensombramento natural feito por árvores da espécie bétula, bem como um parque de campismo a jusante da praia.
A Praia fluvial de Lapa dos Dinheiros está em plena comunhão com a natureza. Localizada na ribeira da Caniça, um afluente da margem direita do rio Alva, esta zona de banhos enquadra-se numa paisagem de montanha, dominada pelo souto da Lapa e imponentes afloramentos graníticos. Com um espelho de água límpida, muito apetecível a banhos, a praia ostenta o galardão de praia acessível e tem vigilância.
O relevo acidentado do vale faz com que a ribeira forme, nas imediações, uma sucessão de pequenas cascatas. Também o souto da Lapa, para além do conjunto valioso de castanheiros centenários, alberga uma biodiversidade elevada.
Partindo da ponte, um caminho pedonal dá acesso ao buraco da Moura e a um miradouro sobre as quedas de água da Caniça. O buraco da Moura constitui um sistema cavernícola natural originado pelo deslizamento e acumulação de grandes blocos graníticos, que formaram um complexo sistema de salas e galerias.
OS BONS SABORES DA SERRA
Uma gastronomia tradicional muito rica, a sopa da beira, o caldo verde, as migas à lagareiro, o rancho, o queijo da serra, o requeijão, os enchidos, o cabrito, o pão, a broa, o bolo negro, o arroz de carqueja, o bacalhau com pão de centeio e no que concerne aos doces temos o arroz doce à moda da aldeia, e o leite-creme, encontram-se alguns dos melhores Sabores de Montanha. Indissociável da gastronomia de montanha está, pois, o Vinho do Dão, um vinho de altitude produzido nas encostas da serra da Estrela.