VALENÇA, JÓIA PATRIMONIAL DA HUMANIDADE...
Conhecer a Fortaleza de Valença, é percorrer as memórias de 2000 anos das páginas mais marcantes das aventuras históricas de Portugal e Espanha. Uma joia da arquitetura militar abaluartada, com 5 Km de muralha, uma Fortaleza Viva e multicultural. O casario, as construções militares, as igrejas, as vistas para o rio Minho, a antiga ponte metálica e Tui medieval completam-se num quadro singular.
Valença, bastião militar da defesa da independência de Portugal é, hoje, um espaço aberto ao mundo e símbolo das relações entre Portugal e Espanha.
A Fortaleza e os sabores únicos da gastronomia com o bacalhau, os vinhos e a doçaria são um convite irresistível a sentir Valença.
A cultura e tradições de Valença estão fortemente associadas à presença do Rio Minho e à imponência e riqueza histórico patrimonial da sua fortaleza. Espaço de refúgio e salvaguarda, palco de histórias de amores, conquistas e cumplicidades, a Fortaleza, desde sempre, reflectiu as vivências das gentes de Valença. Motivos não faltam, quer seja um viajante apreciador das maravilhas da natureza, quer seja um admirador da nossa cultura e da história que fez Portugal.
Valença é um lugar que vale a pena visitar e que certamente o fará voltar!
A Fortaleza de Valença é uma das principais fortificações militares da Europa, com cerca de 5 km de perímetro amuralhado, sobranceira ao rio Minho, frente a Tui. Um espaço de convivência galaico-minhoto, comercial e turístico por excelência.
Obra de arquitetura militar abaluartada, cujos primeiros muros remontam a um povoado da Idade do Ferro e que atualmente possui um sistema abaluartado, edificado nos séculos XVII e XVIII.
A fortificação localiza-se no topo de dois outeiros e é formada por dois polígonos: a Magistral (mais antiga) e a Coroada, separados por um fosso, com falsas-bragas. 10 baluartes e 2 meios baluartes, 5 revelins, 5 reparos, 6 redentes, 2 contraguardas, 2 cobre-faces, 1 tenalha, 34 guaritas, 214 canhoneiras, 6 fortes, 3 poternas, 2 paióis, 10 casamatas, são alguns dos elementos da arquitetura militar abaluartada que se projetam e é possível apreciar nesta fortificação.
A Capela do Bom Jesus do Bonfim, da autoria de Manuel Pinto Vilalobos, possui nave e capela-mor retangulares. No interior conserva uma pequena imagem de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Regimento de Infantaria n.o 21 estacionado em Valença e que um soldado transportava numa mochila sempre que o regimento saía em campanha.
A Estátua de S. Teotónio é uma escultura do Séc. XX e evoca a figura do 1º Santo Português - o inspirador e protetor da nacionalidade. Nasceu em 1082 na freguesia valenciana de Ganfei e faleceu, em Coimbra, a 18 de Fevereiro de 1162. São Teotónio tornou-se o primeiro santo português, sendo celebrado como o reformador da vida religiosa. Conhecido como padroeiro dos cristãos escravizados, por ter amparado 1000 homens, mulheres e crianças moçárabes, capturados numa incursão à Andaluzia por D. Afonso Henriques.
Localizada extramuros, no lado poente da Fortaleza, é uma fonte de origem medieval, renovada no século XVIII, como testemunham as armas reais colocadas sobre a caixa de água. Um espaço cénico notável protegido pelo revelim da Fonte da Vila. Na forma como atualmente se apresenta, o revelim tem parapeito de torrão, plataformas das canhoneiras em alvenaria de granito e casamata enterrada na gola.
Igreja de Santo Estevão: Arquitetura religiosa, neoclássica. Igreja neoclássica de planta longitudinal, de 3 naves. Aqui esteve sediada a Colegiada de Santo Estêvão de Valença, bem como o Bispado de Ceuta. Desses tempos é possível apreciar a cadeira bispal, em estilo gótico-mudejar, bem como os cadeirais e as pinturas da vida de São Vicente. O templo conserva, ainda, o único quadro existente em Portugal da Virgem a amamentar o menino que escapou à Inquisição.
A Igreja de Santa Maria dos Anjos é a igreja matriz de Valença. Construção remonta ao século XIII em estilo Românico, apresenta uma planta longitudinal. No interior conserva 5 retábulos em talha polícroma de estilo neoclássico e barroco na nave, estando 2 posicionados colateralmente ao arco triunfal, e na capela-mor o retábulo em talha igualmente polícroma, igualmente de desenho neoclássico. Na capela funerária anexa conservam-se também interessantes vestígios de pintura mural quinhentista.
Marco Miliário Romano: Marca as 42 milhas de distância de Braga a Tui e foi mandado construir pelo Imperador Cláudio, no séc. I DC. Ao longo dos tempos serviu também de pelourinho. A via romana XIX entra em Valença por Fontoura, cruza Cerdal na ponte da Pedreira e chegava à veiga de Valença onde cruzava para Tui. Uma via com fins militares , comerciais e de pacificação do território.
Paiol do Campo de Marte: Paiol militar construído em 1715 é uma autêntica casa à prova de bomba. A sala abobadada, as paredes de grande espessura , o túmulo do Tenente-General João Vitória Miron de Sabione, oficial suíço fundador da Aula Real de Artilharia de Valença, são algumas das singularidades deste monumento.
Portal Champalimaud Nussane: Casa em forma de L invertido no interior da Fortaleza de Valença, sendo uma das mais relevantes construções do Centro Histórico, ao nível do interesse arquitetónico. Exemplar da arquitetura tardo-barroca, pertenceu ao Marechal Champalimaud de Nussane.
A Porta da Coroada está localizada a Sul da Fortaleza, precedida por ponte de cantaria com guarda também de cantaria vazada, é feito por porta em arco de volta perfeita com as aduelas em cunha, enquadrada por duplas pilastras almofadadas suportando friso e frontão de volutas interrompido por tabela rectangular vertical com as armas nacionais. Mandadas construir pelo rei D. Pedro II é a principal porta de entrada na fortificação.
Portas da Gaviarra: Situada a leste, comunicava com o cais do Rio Minho e a estrada para Monção. Rasgando-se na gola do Baluarte do Socorro; sob este desenvolve-se um túnel em cotovelo, abobadado e protegido por gradeamento de ferro; nessa estrutura abre-se a chamada Porta Afonsina e encontra-se a antiga cisterna de São Vicente. São estas portas que, ainda hoje, os peregrinos a Santiago atravessam em direção à centenária ponte metálica do Rio Minho.
CAPITAL DO CAMINHO PORTUGUÊS A SANTIAGO
Valença é ponto de confluência do Caminho Central Português e da Costa, com marcas jacobeias únicas, espelhadas em monumentos, histórias e lendas. Em Valença sente-se a magia do caminho com momentos tão singulares como o estar com um pé em Portugal e outro em Espanha, a meio da ponte, sobre o rio Minho, com a Fortaleza atrás e a Catedral de Tui em frente.
Percorrer o Caminho da Costa aqui, é mergulhar numa natureza prodigiosa marcada pelas margens do Rio Minho, o Biótipo da Veiga da Mira, coincidir com o traçado da Ecopista, ou as marcas romano /medievais das pontes de Chamosinhos e da Veiga da Mira.
Conhecer a Fortaleza, é percorrer as memórias de 2000 anos das páginas mais marcantes das aventuras históricas de Portugal e Espanha, gravadas em pedras de granito. Uma joia da arquitetura militar abaluartada, com 5 Km de muralha, uma Fortaleza viva e multicultural, candidata a património Mundial da UNESCO.
O casario, as construções militares, as igrejas, as vistas para o rio Minho, a antiga ponte metálica e Tui medieval, completam-se num quadro singular.
ESPAÇOS MUSEOLÓGICOS
O município de Valença tem, actualmente, quatro espaços museológicos abertos ao público designadamente, o Museu do Bombeiro, o Núcleo Museológico Municipal, o Núcleo Museológico Ferroviário, nas instalações da Estação de Caminho de Ferro, a colecção Visitável de Pesos e Medidas no Mercado Municipal, bem como na freguesia de Taião, o Núcleo Museológico Rural de Taião. Está, ainda, disponível para consulta a colecção de espólio no Museu Digital de Valença.
O Núcleo Museológico Municipal proporciona reviver algumas das épocas mais significativas da história de Valença, cujo edifício é, ele próprio, um contador de história... foi sofrendo alterações em épocas diferentes, serviu diversos fins. Neste percurso terá oportunidade de visitar a remota pré-histórica local, de conhecer o ambiente medieval e de contactar com a fortificação da urbe, já no século XVII.
O núcleo museológico municipal é, desta forma, um espaço de preservação da memória cultural de Valença. A história local e a sua articulação com os circuitos turístico-culturais, intra e extra muros são dois dos seus objectivos principais.
Pretende-se, coleccionar, preservar, interpretar e expor no sentido de promover a compreensão da história local. Por outro lado, deseja-se aproximar a oferta cultural das populações, através da divulgação sistemática das diversas actividades que se pretendam realizar.
ESPAÇO DE PEREGRINAÇÃO COMERCIAL
Nas últimas décadas, o Centro Histórico de Valença tem-se afirmado como um importante espaço de peregrinação comercial de dimensão transfronteiriça. Tal como no passado, a Fortaleza de Valença continua a ser, hoje, um local privilegiado para todos os que aqui vivem e visitam, permitindo o contacto com a história e o património (não só do concelho, mas do país e da região), bem como para a fruição paisagística.
Considerada como uma das maiores áreas comerciais ao ar livre de Portugal, a zona interior das muralhas de Valença está recheada de pequenas lojas de comércio tradicional que valem certamente a sua visita! Integrada na Rota do Artesanato dos Caminhos de Santiago, Valença é, também, rica nesta arte, uma das mais importantes manifestações da sua cultura popular, e daqueles que foram outrora os ofícios tradicionais das gentes do Vale do Minho, o seu modo de vida, os seus valores, hábitos e costumes. A actividade comercial também tem uma grande importância a nível económico, ou não fosse esta conhecida como Praça Forte do Comércio, já que a actividade comercial tem um importante peso no emprego dos residentes do concelho.
Além das inúmeras lojas e da Fortaleza de Valença, há a referir as feiras semanais de Valença (Quarta-feira) e Vila Nova de Cerveira (Sábado) que atraem centenas de pessoas do Norte de Portugal e da Galiza.
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NATUREZA E BELEZA PAISAGÍSTICA
Falar de Valença, da sua natureza e beleza paisagística, é falar obrigatoriamente do Rio Minho, elemento indissociável da sua história, das suas tradições e um dos responsáveis por muitos dos seus atractivos turísticos, seja pela rica gastronomia que aqui se pode saborear, ou pela beleza indiscutível das suas paisagens ribeirinhas!
A riqueza ambiental do rio Minho justificou a sua integração na Rede NATURA 2000, uma redeecológica para o espaço da União Europeia, que pretende contribuir para a protecção da biodiversidade através da preservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens.
Classificado como Sítio de Importância Comunitária (S.I.C.), quer pela presença de um conjunto de habitats de elevado interesse ecológico, quer pela sua importância para a conservação de espécies piscícolas migradoras e de algumas espécies de mamíferos associados ao meio aquático e à vegetação ribeirinha, como a lontra ou a toupeira de água, o rio Minho é um dos poucos em Portugal onde, ainda, é possível encontrar salmão, e também lampreia ou sável, espécies muito apreciadas e cuja pesca se faz, ainda, de forma artesanal.
Pesqueiras do Rio Minho
As pesqueiras do Rio Minho constituem um dos legados históricos mais significativos de Valença, um valioso acervo de construções populares que testemunham o engenho e as artes da pesca fluvial artesanal que aqui se praticava e a que, ainda, hoje se pode assistir.
Constituindo uma área fortemente dependente dos seus recursos naturais e, consequentemente, sempre muito ligada à exploração agrícola, à pastorícia e à silvicultura, era também a partir do rio que se obtinha parte do sustento das gentes de Valença, induzindo não apenas o seu desenvolvimento económico mas, também, a partilha de saberes entre os mais hábeis ‘engenheiros’ dos rios.
Habilidosos sistemas de muros construídos a partir das margens, as pesqueiras assumiam-se como barreiras à passagem do peixe, que se via assim obrigado a fugir pelas pequenas aberturas através das quais, coagido pela força da corrente, acabava por ser apanhado em engenhosas armadilhas!
Efectivamente, este é um dos muitos exemplos que podemos encontrar da vontade dos homens e da sua estreita ligação com o rio, de uma relação profícua que foi subsistindo ao longo dos tempos, e da qual resulta muito do que, hoje, enriquece o património cultural valenciano.
Áreas Naturais Classificadas
Para além do rio, embora a ele associadas, existem no concelho várias áreas naturais classificadas, que para além da sua riqueza paisagística e biológica lhe poderão proporcionar momentos de excelente relaxamento em contacto com a natureza, e onde pode encontrar um conjunto de equipamentos turísticos que tornarão mais agradável a sua visita.
A Área de lazer da Nossa Senhora da Cabeça, próxima do Porto de Recreio de Cristelo-Covo, é um dos locais onde poderá contemplar, para além de outros atractivos, os cerimoniais da pesca. Se for adepto de um contacto mais aguerrido com tão inspiradora paisagem, poderá até praticar alguns desportos náuticos e deliciar-se em seguida com um bom prato de lampreia ou sável. Mas se por aqui estiver por altura da Páscoa, não poderá deixar de assistir à Romaria da Senhora da Cabeça, e ao "Lanço da Cruz", uma das mais antigas tradições de Valença!
A Área de Lazer de Friestas, é outra das zonas mais aprazíveis, onde se pode deleitar com a contemplação da paisagem, podendo mesmo ir a banhos, sendo que não faltam em redor bons locais para um piquenique, principalmente se viajar com crianças, que se irão deliciar nestes espaços.
O biótipo da Veiga da Mira, uma das zonas húmidas e reservas de fauna e flora mais importantes do rio Minho, é outra das áreas que não poderá deixar de visitar, sendo que a forma mais interessante de o fazer será eventualmente percorrendo o Trilho Pedestre da Veiga da Mira, percurso com 4,6 quilómetros que privilegia o contacto com as margens do rio, permitindo ainda contemplar a Ponte Medieval de Veiga da Mira, importante ponto da Via Romana Per Loca Maritima que ligava Viana a Valença.
Outro trilho muito interessante é o Trilho da Ínsua do Crasto, percurso complementar à Ecopista do Rio Minho, considerada a 3ª melhor da europa, corredor verde que liga Valença a Monção, numa linha paralela ao rio e que resultou do aproveitamento da antiga linha do caminho-de-ferro. Premiada a nível europeu, esta Ecopista tem actualmente uma extensão de 22 km, e conta com um Centro de Interpretação instalado na antiga Casa da Vigia da Linha, onde poderá ficar a saber um pouco mais sobre este percurso, para além dos dados apresentados nos diversos painéis informativos disponíveis ao longo do trajecto.
Para além dos Trilhos da Veiga da Mira e da Ínsua do Crasto, existem ainda outros trilhos convenientemente demarcados e sinalizados que lhe permitirão usufruir das belíssimas paisagens ao mesmo tempo que poderá aproveitar pequenas paragens para visitar alguns dos monumentos que se situam nas imediações. Sempre associando a riqueza natural e cultural de Valença, estes trilhos permitem contemplar de perto os principais pontos de interesse turístico localizados fora do centro urbano.
Sendo este, também, um território de montanha, com pequenas colinas que rompem a plenitude do rio, é possível visitar diversos miradouros (Castelo da Furna, Capela de Sant’ Ana/Miradouro do Castelo da Furna Rio Minho Monte do Faro) a partir dos quais se podem contemplar fantásticas vistas panorâmicas sobre toda a região do Vale do Minho.
O Miradouro da Capela de S. Lourenço poderá ser o ponto de partida para mais uma incursão na cultura histórica de Valença, através da qual poderá contemplar os vestígios de alguns Relógios de Sol, começando em Taião, e prosseguindo depois até à freguesia de Cerdal. Aqui poderá apreciar os Relógios de Sol de Bogim e Bacelar originários do século XIX. Nas proximidades de São Lourenço as memórias das antigas minas do volfrâmio do Mineral e de São
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GASTRONOMIA TRADICIONAL
Em Valença o bacalhau é rei! Em Valença come-se o bacalhau como em nenhum outro lugar.
Bacalhau aqui é um manjar dos deuses. O Caldo Verde, é uma das 7 maravilhas gastronómicas de Portugal, uma sopa genuína de Valença. Os Borrachinhos de Valença, são um doce conventual. Propostas, convite para visitar, ver, sentir e saborear Valença.
Valença é terra para os bons garfos, nos mais de 60 restaurantes, onde o bacalhau se apresenta de mil formas.
Valença, um mundo de sabores e sensações! Lista de algumas das especialidades:
Bacalhau à Contrasta
A textura, o aroma e o tempero, com o bacalhau, o polvo, a batata, a cenoura, a espiga de milho, a couve e a cebola roxa, prometem, "fazer do Bacalhau à Contrasta «um manjar digno dos deuses»”. A partir de agora o Bacalhau à Contrasta passará a estar presente nas ementas dos restaurantes da cidade aderentes à iniciativa.
Bacalhau à S. Teotónio
Ao chefe Pinto foi confiada a criação de uma receita que com o nome do primeiro Santo Português iria ser baptizada bacalhau á S. Teotónio. Esta criação culinária era a forma de simbolizar o nome do Santo filho de Valença onde nascera em 1082 em Tardinhade Ganfei.
Bacalhau é Rei à Mesa
A Especialidade Mais Procurada em Valença
Valença tem uma larga e conceituada tradição de preparar e apresentar o bacalhau quer por cá é o produto gastronómico mais presente na restauração local. O Bacalhau à São Teotónio, é um prato de excelência, uma iguaria elaborada com arte e mestria que em Valença ganhou prestigio e tradição.
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