Amares, é um concelho do distrito de Braga, está localizado no norte de Portugal, com uma área aproximada de 82km2. Atualmente com cerca de 18.528 habitantes. Faz fronteira administrativa com os concelhos de Braga a Sul, Vila Verde a Noroeste e Terras de Bouro a Norte e com os da Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho a Sudeste. Toda a parte meridional do concelho tem como limite o Rio Cávado enquanto que o lado Oeste tem como limite o rio Homem.
Amares viu o seu território povoado desde muito cedo, primeiro na Idade do Bronze dos quais se encontram vestígios no castro da Santinha e pelos romanos que por aqui passaram, como se pode verificar pelo Monte de S. Pedro Fins e também pelo castro existente na freguesia de Portela. No entanto, o exemplo mais evidente desta presença romana é a estrada da Geira, que ligava Braga a Astorga, e as Termas de Caldelas.
Foi D. Manuel I que, em 1514, concedeu o foral à vila de Amares, contudo o atual concelho surgiu em 1853. Amares também é conhecido pelas personagens históricas que lá nasceram, tais como o ilustre Grão-Mestre das ordens dos templários, D. Gualdim Pais, assim como o compositor António Variações e Sá de Miranda.
Via romana conhecida como nome Geira, construída no século I, era nesta estrada que os militares romanos iam de Bracara até Asturica Augusta, atual Astorga em Espanha. Mais tarde, as populações que vivam perto dessa estrada também começaram a utilizar, melhorando a estrada através de pontes, novas calçadas. Muitas partes desta estrada foram desaparecendo ao longo do tempo, mas, ainda pode ser visível, alguns vestígios arqueológicos, tais como miliários, algumas pontes, locais de descanso e estações de muda.
Dos vários monumentos e seu património que se podem destacar os Mosteiros de Santo André de Rendufe e o Mosteiro de Santa Maria do Bouro, as pontes do Porto e de Rodas, a casa da Tapada, Santuário de Nossa Senhora da Abadia e as termas de Caldelas, fundadas nos finais do primeiro quartel do século XX.
Em Amares, para além da respetiva igreja paroquial de cada freguesia, podemos encontrar capelas em honra de alguns santos. Uma das mais emblemáticas trata-se da Capela da Nossa Senhora da Paz, que se encontra no cimo do monte da Santinha.
Amares é uma bonita vila do Norte do País, sede de concelho, integrada numa zona montanhosa, num bonito vale formado pelos rios Cávado e Homem, de feição maioritariamente rural, famosa pela produção de laranjas e do muito conceituado Vinho Verde.
As vizinhas Termas de Caldelas são famosas pelas características medicinais das suas águas, sendo exploradas já desde os tempos de ocupação Romana. As suas águas estão indicadas para combater problemas do aparelhos digestivo, circulatório, respiratório, doenças de nutrição, reumatismo, sistema nervoso e dermatoses.
Toda a região reúne as melhores condições para os amantes da natureza que aqui a encontram quase em estado puro, possuindo a região também aprazíveis praias fluviais, perfeitas para a prática das mais variadas actividades de lazer e turismo.
De alguns dos pontos mais altos de Amares, podemos tirar partido da paisagem que se apresenta bela. O Monte de S. Pedro Fins, local procurado para a prática de parapente e de BTT, permite uma vista panorâmica sobre os vales dos rios Homem e Cávado. O Monte de S. Miguel-O-Anjo, sobre a Abadia, e o Monte de Nª Srª da Paz, sobre Amares, são outras sugestões.
Uma paragem no Parque de Merendas dos “Quatro Caminhos”, em Bouro Santa Marta, convida a um piquenique em família ou com os amigos, bem como desfrutar da paisagem que se vislumbra no horizonte.
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Fontes e Créditos: www.cm-amares.pt
SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA ABADIA
Localizado num local aprazível, onde o contacto com o meio natural é privilegiado, o Santuário de Nossa Senhora da Abadia foi construído nos séculos XVII e XVIII, na freguesia de Bouro Santa Maria. O santuário mariano pertence ao estilo arquitectónico barroco e rococó e é composto por capelas de via-sacra, igreja, cruzeiro, fontes e edifícios de apoio aos peregrinos.
É um local de devoção e, ao mesmo tempo, um local tranquilo de rara beleza, onde os visitantes são convidados a permanecer e desfrutar de momentos de descanso. Em redor do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, pode contemplar-se um ambiente paradisíaco, onde o sussurrar das águas e o chilrear das pequenas aves quebram o silêncio que tanto caracteriza este espaço. Caminhadas e percursos relaxantes são actividades bastante apelativas e que podem promover-se na sua área envolvente.
De salientar, ainda, o Museu do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, instalado nos antigos “quartéis” do Santuário. Identifica-se, fundamentalmente, pela arte sacra, estatuária, alfaias, documentação e manifestações religiosas, etc. A etnografia, o folclore e o artesanato (cultura do linho), contribuem, também, para a sua identidade.
MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE BOURO
Visitar o Concelho de Amares é realizar uma viagem pela história, na medida em que são muitos os monumentos que retratam épocas documentadas que se relacionam directamente com os grandes momentos da história de Portugal.
O Mosteiro e Pousada de Santa Maria de Bouro é um exemplar desta riqueza. Classificado como Imóvel de Interesse Público, situado na freguesia de Bouro Santa Maria, foi fundado no século XII. O Mosteiro pertenceu à Ordem de Cister e é caracterizado pela sua arquitectura religiosa, românica, maneirista, barroca, rococó, neoclássica e contemporânea. De salientar, a sacristia forrada a azulejos do século XVIII, onde é retratada a vida de S. Bernardo, um tesouro artístico legado pelos nossos antepassados e desconhecido dosmais atentos olhares.
MOSTEIRO DE SANTO ANDRÉ DE RENDUFE
O Mosteiro de Santo André de Rendufe, localizado num vale, numa zona rural, isolado pela sua antiga cerca, foi mandado construir no séc. XII, na freguesia de Rendufe. O Mosteiro beneditino masculino, onde se destaca a talha dourada, de estilo barroco nacional, está classificado como Imóvel de Interesse Público. Parte do mosteiro (dependências monacais e quinta da cerca) pertence a particulares, com uma importante produção de vinho verde.
Sendo uma das mais belas jóias da arquitectura barroca do Concelho de Amares, o Mosteiro de Santo André de Rendufe proporciona, todavia, uma viagem pelos vários estilos arquitectónicos, onde podemos encontrar a energia e o movimento do barroco, por um lado, e a sobriedade do neoclássico, por outro.
GEIRA
As ocupações humanas do território amarense, que remontam a outras épocas, deixaram um legado construído. Esta via romana, com cerca de dois mil anos, ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga). Esta ligação entre as duas capitais do Noroeste Peninsular facilitou, na época romana, o acesso às regiões montanhosas do Nordeste do território sob o domínio de Bracara, ao espaço ocidental sob controlo de Asturica.
Em Amares, podemos percorrer parte desta via, recomendando-se o percurso entre o Lugar de Via-Cova, na freguesia de Paredes Secas, até Santa Cruz, na freguesia de Seramil, podendo o mesmo continuar pelo Concelho de Terras de Bouro.
PONTE DO PORTO
Classificada como Monumento Nacional, pertence à arquitectura civil pública medieval. Este notável imóvel, com provável construção do século XIV, localiza-se na freguesia de Prozelo, sob o rio Cávado, estabelecendo a ligação de Amares à Póvoa de Lanhoso e a Braga. Localiza-se numa zona rural e é constituída por um tabuleiro plano sobre catorze arcos quebrados e plenos, com três Pegões separados por olhais. Considerada uma grande obra de beleza e de arquitectura, a Ponte do Porto apresenta contrafortes com talhamares triangulares e talhantes rectangulares.
PONTE DE RODAS
Monumento Nacional, de arquitetura civil pública, medieval, construído na Idade Média na freguesia de Caldelas, sob o rio Homem e faz ligação entre a freguesia de Caldelas e o concelho de Vila Verde. É constituída por tabuleiro plano sobre três arcos desiguais, com dois contrafortes com talhamar de contorno triangular e talhante de contorno rectangular.
CASA DA TAPADA
Imóvel de Interesse Público, construído no século XVI, na freguesia de Fiscal, pertence à arquitetura civil residencial, maneirista e barroca. A Casa da Tapada foi mandada construir pelo poeta Francisco Sá de Miranda e foi sua moradia nos últimos anos da sua vida. Na quinta da Casa da Tapada é produzido o vinho verde e o espumante “Casa da Tapada”. Localiza-se numa zona rural isolada e é envolvida por extensos campos de vinha e mata que fazem parte da quinta e possui também edifícios rústicos e um espigueiro.
ALDEIA DE URJAL
Freguesia de montanha, onde a Mãe Natureza se faz notar em cada canto, na Aldeia de Urjal – Seramil, perca o olhar num horizonte que oferece paisagens únicas a qualquer hora do dia, e deixe-se enamorar pelas casas típicas que são uma autêntica viagem no tempo. Partir vai ser difícil, por isso, deixe-se ficar e experimente o turismo no espaço rural, numa das casas disponíveis para alojamento
TERMAS DE CALDELAS
A estância termal de Caldelas é considerada uma das mais prestigiadas termas de Portugal. Surgiram nos finais do primeiro quartel do séc. XX. As águas minero-medicinais localizam-se na encosta do Monte de S. Pedro Fins, junto ao leito do Alvito, brotando ao longo de um filão de granito porfiróide, em múltiplas nascentes espremidas, através de sucessivas diáclases.
As indicações terapêuticas destas termas vocacionam-se, principalmente, para o aparelho digestivo, reumatismo, aparelho respiratório e para algumas dermatoses crónicas. Independentemente das suas indicações terapêuticas específicas, a frequência da estância termal traz benefícios gerais, através de um repouso-activo, alimentação saudável e balneoterapia relaxante.
Modernizadas, estas termas dão hoje resposta às novas tendências do mercado em matéria de saúde e bem-estar.
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Viaje nos sabores e maravilhosos aromas de pratos tradicionalmente confeccionados com toda a delicadeza e minúcia, que seadaptam ao longo das estações do ano e, em consequência, dos produtos que a natureza dá.
Sugerimos as papas de sarrabulho, rojões à “Minhota”, cozido à “Portuguesa”, arroz de pato, bacalhau confeccionado das mais diversas formas, perna de porco assada no forno, vitela assada e arroz “pica no chão”.
Para sobremesa, o Concelho de Amares propõe: leite-creme queimado, pudim de laranja, arroz doce, mexidos ou formigos, rabanadas, peras bêbadas, bolo-rei, pão-de-ló, doces de romaria e a suculenta laranja ao natural.
LARANJA DE AMARES
Amares é conhecida pela terra da laranja. Aqui, as condições climatéricas dão origem à laranja de casca fina, que tanto delicia os mais requintados gostos e refresca nos meses em que o calor aperta. É nos meses sem “r”, ou seja, de Maio a Agosto, que a laranja de Amares é mais saborosa e suculenta. A gastronomia e a doçaria regional utilizam este citrino como um aliado na confecção de iguarias doces e no acompanhamento dos pratos da região.
VINHO VERDE
Influenciado pelas peculiaridades das castas regionais, pelas características dos solos, do clima e pela sabedoria do Homem, o Vinho Verde torna-se num néctar muito apreciado, especialmente na época quente, na medida em que usufrui de óptimas propriedades digestivas, leveza e frescura, através de uma mistura de aroma e “agulha” (gás carbónico natural).
A região onde se produz o Vinho Verde é uma das maiores zonas vitícolas de Portugal, onde se destaca a sub-região Cávado, que engloba o Município de Amares. Nesta sub-região do Cávado, a produção do Vinho Verde apresenta profundas tradições, onde subsistem, pontualmente, peculiaridades curiosas, desde a própria cultura da vinha, com a “vinha de enforcado”, até às vindimas.
A “vinha de enforcado” é antigo sistema de condução de vinha, em que as videiras trepam por árvores, desenvolvendo-se a uma altura considerável do solo, geralmente associado a outras culturas, como ao milho de regadio (Primavera-Verão), e à cultura de forrageiras anuais (Outono-Inverno).
Nesta sub-região, mais concretamente no território que abrange o Município de Amares, a produção de Vinhos Verdes, especialmente muitos vinhos brancos, são produzidos com a casta Loureiro e ostentam um intenso aroma floral, que os tornam num harmonioso acompanhamento para os pratos de peixe, marisco, carnes brancas ou como um aperitivo.
Por sua vez, os Vinhos Verdes Tintos são excecionais no acompanhamento da afamada gastronomia regional, com os pratos de carne, que tradicionalmente se confecionam com toda a delicadeza e minúcia.
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