Cor, movimento, vida e cultura. O concelho de Barcelos é um exemplo de proactividade e uma combinação perfeita entre tradição, inovação e modernidade. Detentor de uma beleza única, a arte, a história, e, sobretudo, as pessoas fazem de Barcelos um espaço ímpar e único que se destaca por isso mesmo do contexto Minhoto onde se insere.
Próximo de grandes centros, Barcelos, afirma-se como um dos concelhos mais empregadores em Portugal na indústria de transformação. Pólo de excelência têxtil tem neste sector um dos principais argumentos de empregabilidade, absorvendo quase metade da população activa, embora o calçado, a agricultura, a cerâmica e o turismo tenham também um peso importante no concelho.
Barcelos é uma bonita cidade do Norte do País, sede de um grande município, banhada pelo rio Cávado, bem no coração da região Minhota, muito famosa pelos seus produtos artesanais, mormente de olaria e cerâmica, com o famoso Galo de Barcelos, já transformado em símbolo nacional.
As origens da localidade de Barcelos são bem antigas, remontando a povoados pré-históricos e tendo sido habitada por diversos povos como Cartagineses ou Romanos. Em 1140 recebia já foral do primeiro Rei Português, D. Afonso Henriques, atestando desde logo a importância do local que desde sempre assumiu uma posição estratégica na comunicação entre o litoral e interior, Portugal e Castela.
Terra de rica história e fortes tradições é, também, dona de um património fenomenal, como é visível mal se chega à cidade através da sua Ponte do século XIV, ou na sua Igreja Matriz (século XIII), na Torre de Menagem (século XV), no românico/gótico Pelourinho, nas Igrejas de Nossa Senhora do Terço, da Misericórdia e do Bom Jesus da Cruz ou mesmo nas ruínas do Paço dos Duques de Bragança ou dos Condes de Barcelos onde está instalado o Museu Arqueológico.
Um passeio a Barcelos não pode dispensar o antigo Largo da Feira, hoje Campo da República, onde se encontram as setecentistas Igrejas do Bom Jesus da Cruz, e da Nossa Senhora do Terço e onde se realiza a maior feira de artesanato do país, todas as quintas-feiras. Se perder a feira semanal, visite o Museu da Olaria e o Centro de Artesanato de Barcelos, onde tem uma boa perspectiva sobre a expressão artística minhota. De todas as peças aqui produzidas, o colorido Galo de Barcelos é o mais representativo, não esquecendo as bandas de música e as figuras retratando hábitos e costumes da região.
Célebre pela sua olaria, não faltam em Barcelos lojas de artesanato com autênticas obras de arte, e a muito afamada Feira semanal, realizada no antigo Largo da Feira e com origens no século XV, onde se vende de tudo um pouco. A não perder é a Festa das Cruzes, anualmente em inícios de Maio, realizada já desde o século XVIII. Bem interessante em Barcelos é o Museu de Olaria e o Centro de Artesanato.
Barcelos, Terra de Forte Identidade Jacobeia.
Barcelos é um dos territórios mais ricos em tradição e vocação jacobeia em Portugal. Após a construção da Ponte Medieval no século XIV, a região passou a ser ponto de confluência de peregrinos que rumam a Santiago de Compostela. Em Barcelos existem albergues e diversos help points exclusivamente para peregrinos. O percurso citadino cruza-se com o núcleo medieval da cidade. Na capela da Senhora da Ponte, onde ainda se podem ver os bancos e as pias de pedra do lava-pés dos peregrinos, a ponte medieval, a igreja matriz, o edifício dos Paços do Concelho, que agrega a estrutura de um antigo hospital de apoio a peregrinos, a torre medieval, o templo do Bom Jesus da Cruz, a Igreja de Nossa Senhora do Terço ou a Igreja da Misericórdia. Aprecie a excelência deste património. Na passagem pelo centro histórico, pelo Paço dos Condes, o peregrino encontra o Cruzeiro do Galo que corporiza o Milagre de Santiago em que o Apóstolo salva o peregrino da forca.
No percurso rural, o peregrino experiência a paisagem bucólica circundante e descobre alguns dos mais belos santuários, igrejas, pontes, fontes e cruzeiros, como o de Nª Senhora das Brotas, de Nª Srª da Franqueira, Nª Senhora da Aparecida, as igrejas românicas de Abade de Neiva e de S. Martinho de Balugães, a ponte das Tábuas, a fonte da Ferreirinha, o Cruzeiro da Portela, entre muitos outros símbolos que manifestam a tradição jacobeia. Mas a riqueza não se esgota no percurso do Caminho Português a Santiago acima referenciado, mas também nas paroquias dedicadas a Santiago existentes no concelho de Barcelos e a todas as freguesias onde passa o Caminho da Rainha Santa Isabel ou o Caminho da Costa, para além de outras que ficavam em caminho secundários que ligavam ao Caminho Português de Santiago e aos atrás referenciados. Um território histórica e culturalmente marcado pela cultura jacobeia e devoção a Santiago desde tempos imemoriais.
A Lenda do Galo de Barcelos...
Diz-se que um peregrino Galego que se preparava para abandonar Barcelos em peregrinação até Santiago de Compostela foi acusado de roubar e condenado a morrer na forca. O peregrino ao proclamar a sua inocência ao juiz, que se preparava para comer um galo assado, disse que o galo cantaria como prova de que nada este peregrino tinha roubado. O juiz não o acreditou mas, no momento em que iam enforcar o peregrino, o galo ergueu-se e cantou. O Juiz, ainda a tempo, compreendeu o seu erro, correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. De acordo com a lenda, o galego voltou anos mais tarde para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo, hoje em dia presente no Museu Arqueológico de Barcelos.
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NATUREZA
Descobrir os encantos naturais do território barcelense é um desafio aliciante e único, quer pela diversidade da paisagem, quer pela singularidade de alguns locais e espaços como os rios, riachos e ribeiras. Falamos das margens do Cávado, onde a vegetação ribeirinha e a fauna nos proporcionam ambiente de calma e rara beleza natural, das margens do Neiva onde a sinfonia da Natureza nos proporciona recantos únicos, mas também de espaços florestais onde a flora domina a paisagem e nos surpreende com lagoas e ribeiras. Falamos das Lagoas de Enxate, da Ribeira de Feitos, do Troço do Moinhos de Creixomil, Vila Cova ou da Ribeira de S. João.
PRECURSOS PEDESTRES
O território de Barcelos possui características singulares para a prática de desportos ao ar livre, em virtude da geografia e orografia, um espaço que se situa entre o mar e a serra, espraiado num vale, que possibilita várias experiências de usufruto e interpretação do território, seja em percursos no mundo rural, ribeirinhos, floresta ou no pico dos montes. Um território farto em água e pintado de tons de verde que surpreende quem se aventura na descoberta da singularidade que estes locais têm para oferecer e pela hospitalidade das suas gentes.
ARTESANATO
O concelho de Barcelos é um território com uma identidade cultural e etnológica muito forte decorrente da variedade de artes e ofícios, dos quais se destaca pela sua importância a olaria. Efectivamente o trabalho no barro ganhou tal relevância ao longo dos séculos que se tornou indissociável da história, passada e presente, desta região e das suas gentes.
O Figurado, além de uma forma de expressar ao mundo o modo de pensar, sentir, viver e evoluir de uma comunidade evidencia, ainda, a forma como os artesãos de cada época representam o quotidiano do seu tempo. Foi a partir desta produção que se criou o mais conhecido símbolo de Portugal e do concelho de Barcelos – O galo, também ele embaixador do concelho e revelador de uma identidade histórica de um centro urbano desde tempo imemoriais ligado à peregrinação a Compostela.
O Figurado e a Olaria em virtude deste contexto etno-social específico são Produções Certificadas e Protegidas pelo sistema de certificação existente em Portugal.
Mas a riqueza do concelho não se fica pelas artes da olaria e figurado e alarga-se aos bordados de crivo da Carreira, aos bordados, à tecelagem, aos trabalhos em madeiras e aos trabalhos em ferro. Todas estas produções marcam a identidade de um concelho com um contexto sócio-económico muito ligado à arte popular, fruto de um saber enraizado na sociedade local e na relação desta com o meio.
O artesanato é por isso património material e imaterial ligado às produções artesanais de valor inestimável. É também uma forma de arte popular e, especialmente, um item de identidade dos territórios. Não pode por isso ser olhado apenas como uma reserva ou herança do passado, e menos ainda, como uma recordação desse mesmo passado, mas antes como um activo que faz parte do presente, e acima de tudo, como um vector de identidade que deve ser transportado para o futuro como bandeira de identidade e de diferenciação cultural no contexto cada vez mais globalizado em que vivemos.
O concelho de Barcelos é atualmente ao nível do Norte de Portugal um dos territórios com mais artesãos, distribuídos por diversas produções artesanais como a olaria, o figurado, a cerâmica tradicional, os bordados de crivo, os bordados e tecelagem, os trabalhos em madeira, os trabalhos em ferro e latoaria e ainda outras artes como o trabalho em couro e artesanato contemporâneo. Em termos brutos, são muitas dezenas de artesãos em exercício distribuídos pelas diversas produções artesanais concelhias, com preponderância natural para o olaria e figurado, que fazem do território afecto ao concelho um verdadeiro Museu Vivo da arte popular portuguesa e um factor de identidade de Barcelos e do nosso país no Mundo.
O artesanato como parte integrante da cultura barcelense é uma forma de expressão inspirada nos mais variados temas, necessidades e formas do quotidiano e espelho de um sentido criativo ímpar de uma comunidade artesanal muito forte que faz deste concelho – Capital do Artesanato.
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GASTRONOMIA TRADICIONAL E CONTEMPORÂNEA
Os produtos da terra fundem-se numa panóplia diversificada de propostas gastronómicas que enchem a vista e retemperam apetites mais exigentes. De geração em geração, a gastronomia tradicional evidencia a riqueza de Barcelos, o saber das suas gentes, ora ‘temperado’ pelos sabores agrestes dos ventos atlânticos e das brisas do Cávado, ora modelado pelos ares da serra minhota.
O coração do Minho está aqui refletido num vasto leque de ofertas de uma cozinha de festa, de tradição, de história e devoção espelhada nas iguarias como o bacalhau, a lampreia, o polvo, os rojões, as inconfundíveis e únicas papas de sarrabulho à moda de Barcelos, o arroz pica no chão, o cabrito assado, a vitela assada, o cozido e, claro, o galo assado à moda de Barcelos que rememora a Lenda do Galo e traz à mesa o cerimonial, a história e o simbolismo dos caminhos de Santiago.
Esta é a gastronomia emotiva que transmite saberes e práticas ancestrais. Na cozinha de autor cruza-se a tradição gastronómica, um espaço de inovação com incursões criativas. Seja qual for a abordagem, à mesa, impõe-se um verde da Região de Barcelos e um incontornável encontro com a casta Loureiro.
Doçaria Tradicional
Depois de um excelente repasto, Barcelos reserva os famosos encantos gustativos da sua doçaria tradicional e conventual. Com uma singularidade e qualidade irrepreensíveis, as dezenas de pastelarias e restaurantes existentes no concelho servem uma panóplia de doces de excelência. Não deixe Barcelos sem antes provar os doces de romaria, as brisas do Cávado, as laranjinhas doces, os bolos caseiros, as queijadinhas, os sonhos, os paralelos, os doces da casa, o bolo das Cruzes, o Pão de Ló tradicional, o Bolo Rei e os Troncos de Natal. Um mundo por descobrir de delícias e… prazeres!
O VINHO VERDE
No concelho de Barcelos, o cultivo da vinha e a produção do vinho encontram-se profundamente enraizados na história e cultura local. É um dos argumentos da identidade e diferenciação das gentes do norte de Portugal.
Assim, partir à descoberta dos vinhos de Barcelos nas suas adegas é uma forma de descobrir e fruir a região e, igualmente, de interpretar a cultura, os costumes, as tradições e o “modus vivendi” das gentes do concelho, numa região onde o tempo e a história cunham a identidade de cada espaço geográfico. O vinho é, então, uma manifestação viva do talento destas gentes.
Em Barcelos, as quintas de vinho empenham-se na constante inovação tecnológica, mas não deixam de ser repositórios deste contexto patrimonial único, onde se rememora o passado, se vive o presente e se projeta o futuro da cultura da vinha, do vinho e do enoturismo. Espaços que se abrem para o prazer da descoberta desta gente rica em costumes, superstições e religiosidade ligados à terra.
Perde-se na bruma dos tempos e resulta da intensa ligação do homem à natureza, que teve como consequência a produção de um néctar único e diferenciado – O Vinho Verde. As suas curiosas características tornam-no inconfundível, independente de ser branco, tinto ou rosé, é sempre leve, fresco, pouco calórico e delicadamente frutado. Por ser assim, é ótimo para qualquer ocasião, como aperitivo ou como acompanhamento de qualquer refeição principal.
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