O Concelho de Celorico de Basto pertence ao distrito de Braga e integra a muito antiga e caraterística área conhecida por Terra de Basto. Esta zona está centrada no trecho médio do vale do rio Tâmega, na transição entre o Minho e Trás-os-Montes. Trata-se de um concelho marcadamente rural, cujos traços profundos no território e na paisagem se devem à atividade agrícola, dominante até finais do século passado.
Apresenta características de zona montanhosa, com densas florestas e inúmeros vales que enquadram uma extensa rede de cursos de água. Ligado à história da Terra de Basto está, indiscutivelmente, o Castelo de Arnoia. Junto a este monumento militar nasceu e terá florescido a Villa de Basto que foi a primeira sede do concelho, até ter sido transferida, em 1719, para a localização atual na freguesia de Britelo, e com a designação de Vila Nova de Freixieiro. A expansão urbana da sede do concelho tem sido acompanhada da criação de amplos espaços verdes e ajardinados e de um vasto conjunto de equipamentos de utilização coletiva, o que lhe confere um aspeto atraente e onde se desfruta de um conforto moderno.
Chegar a Celorico foi outrora uma aventura. Hoje é muito fácil e rápido aqui chegar. Visite Celorico de Basto e os seus inúmeros solares e jardins de camélias. Não deixe de visitar o Castelo e o Mosteiro de Arnoia e o vasto e rico património religioso. Aprecie a gastronomia local e não perca um passeio pela nossa Ecopista instalada no espaço canal da desativada linha de caminho de ferro.
Celorico de Basto é uma bonita Vila do Norte de Portugal, sede de município, situada junto ao Rio Tâmega, e formada por vales férteis, dona de uma rica história e localizada num local de grande beleza natural, entre as Serras do Barroso e do Marão e o planalto de Montelongo.
Celorico de Basto teve grande importância na época medieval por aqui se situarem pontos estratégicos de defesa da região: os castelos de Celorico de Basto e o de Arnóias.
A região prima pelo grande número de casas e solares senhoriais e brasonadas que, sobretudo a partir do século XVII, foram construídas na região, marcando para sempre o traçado desta serrana paisagem, incutindo muitos pormenores Barrocos, com os materiais da zona. Entre as muitas existentes, destacam-se a Casa do Campo, os solares da Boa Vista e do Outeiro (século XVIII), a Casa da Portela, a da Gandarela, a do Prado (século XIX) ou a Casa da Igreja (século XVIII).
A natureza circundante de Celorico de Basto é um dos seus maiores atributos Patrimoniais, tendo-se dos Miradouros vizinhos, nomeadamente no Alto do Viso e no Castelo de Arnóia, vistas fabulosas que se estendem desde o vale do Tâmega até ao maciço montanhoso de Alvão e Marão.
A nível gastronómico, destacam-se na região especialidades como o arroz de cabidela, as couves com feijão e toucinho, o cozido à portuguesa, o cabrito assado, o arroz no forno, ou o queijo da serra, não esquecendo o pão-de-ló, as cavacas e o pudim caseiro.
Celorico de Basto possui um vasto e rico património histórico e artístico, sendo de salientar as inúmeras casas senhoriais e os afamados jardins típicos de Basto, geometricamente concebidos e povoados por exuberantes camélias. Um marco não menos significativo é o Castelo de Arnoia, monumento nacional e referência do concelho e das terras de Basto, que integra a Rota do Românico.
Em Celorico de Basto não há solar, igreja ou jardim público em que as camélias não estejam presentes. A arte de talhar plantas (topiária) transforma as camélias em verdadeiras esculturas verdes: colunas, arcos, casas de fresco e elementos zoomórficos. Venha conhecer os jardins de Celorico e apreciar o encanto das inúmeras variedades de camélias aqui existentes. Participe na Festa Internacional das Camélias que aqui é anualmente realizada.
Celorico de Basto proporciona-lhe momentos de lazer inesquecíveis. Aqui encontra ambientes rurais e bucólicos e a agitação, em dose certa, necessária para os dias de descanso. Junte-se aos muitos celoricenses e visitantes e caminhe ou pedale na ecopista, percorra os percursos pedestres ou passeie na zona verde da vila, junto ao rio Freixeiro. Se deseja uma atividade física de maior intensidade, utilize os nossos equipamentos desportivos.
A natureza do território de Celorico de Basto, entre os maciços montanhosos do Marão e do Alvão e o vale do rio Tâmega, constitui um dos seus maiores atributos. Pegue na sua câmara fotográfica e registe as magníficas paisagens que se observam dos diversos miradouros. A densa rede hidrográfica do concelho oferece lugares ideais para piqueniques, tardes de pesca e para contactar com a natureza. Usufrua de um dia de descanso e diversão com os mais pequenos num dos parques de lazer.
Celorico de Basto tem no seu património religioso um legado que inspira a meditação. Destacam-se as igrejas de Ribas, Veade e Fervença, integradas na Rota do Românico. Merecem também uma visita o Mosteiro de Arnoia e as capelas da Goma, em Gagos, e de Nossa Senhora da Oliveira, na Gandarela. A forte religiosidade dos celoricenses está marcada em manifestações de fé como a peregrinação anual ao Santuário do Viso e na adesão às romarias da terra.
Quem busca um espaço rural de encontrar autenticidade e de raízes profundas encontra-o neste concelho. Ele está aqui, na convivência comunitária, nos usos do sagrado e do profano, na história e na lenda. Está no folclore, nos trajes tradicionais e no artesanato. Está na paisagem criada pelas atividades agrícolas e nos inúmeros exemplares do património vernacular que se podem encontrar, como moinhos de água e espigueiros, muitos deles ainda em uso.
Nas encostas soalheiras do Tâmega é produzido um vinho verde de eleição. As castas azal e arinto conferem aos vinhos brancos um sabor frutado, frescura e leveza, ótimo com pratos de bacalhau.
As castas vinhão e padeiro dão aos tintos uma cor intensa e um corpo assinalável, companhia de um arroz de cabidela ou do cabrito assado no forno. Experimente também o verde rosado, um tinto clarete de aromas jovens a lembrar frutos vermelhos, e os espumantes de vinho verde.
O Vinho Verde é único no mundo. Um vinho naturalmente leve e fresco, produzido na nossa região, uma região geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos. As castas de referência Azal, Arinto e Trajadura são produtoras de vinhos de lote único. Com baixo teor alcoólico, e portanto menos calórico, o Vinho Verde é um vinho frutado, fácil de beber, ótimo como aperitivo ou em harmonização com refeições.
Mais do que apenas "beber" vinho, o Enoturismo presenteia-nos com paisagens, utilizando equipamentos de gastronomia, hotelaria e diversão. Além de comércio local e outras prestações de serviço, envolve o visitante na cultura e nos detalhes da bebida. Existe uma oferta muito qualificada a este nível, frequentemente associada ao turismo rural e em localizações privilegiadas. A prática do Enoturismo está em grande fase de crescimento, devido ao elevado valor que é dado neste setor.
O circuito dos moinhos de Argontim é constituído por um conjunto de dez moinhos de água recuperados, localizados num pequeno trecho do Rio Bugio. O percurso desenvolve-se ao longo das levadas que envolvem os moinhos, que foram objeto de pequenas intervenções para permitirem a circulação dos visitantes. Este conjunto inclui ainda uma antiga serração de madeiras, construída sobre o rio, que também utilizava a água como força motriz. Nesta serração está instalado o Núcleo Museológico do Planalto da Lameira que aborda não só o trabalho da serração mas temáticas etnográficas e arqueológicas relacionas com os trabalhos rurais e a moagem de frutos secos e sementes ao longo dos tempos.
A paisagem, a água, a gastronomia, o artesanato e as tradições são as riquezas deste povo de montanha, que abrindo alguns dos seus solares e deslumbrantes jardins ao turismo, possibilitam ao visitante desfrutar, no seio de uma comunidade rural tranquila, a prática de desportos radicais e, em simultâneo, apreciar calmamente os gostos e sabores apurados ao longo de gerações.
Visite Celorico de Basto, um encanto natural!
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Fontes e Créditos: CM Celorico de Basto
Facebook: municipio.celoricodebasto
A Ecopista do Tâmega, construída no espaço canal da desativada linha ferroviária, destina-se à circulação pedonal ou de bicicleta. Trata-se de um percurso suave e acessível para todos, com um declive muito pouco acentuado.
A Estação de Celorico de Basto é o espaço central desta Ecopista, localizada em pleno centro urbano da sede do concelho. Aqui poderá visitar um núcleo interpretativo e ficar a conhecer a história da Linha do Tâmega. Aqui, é possível apreciar e adquirir alguns produtos locais no posto de vendas, encontrar alojamento neste edifício ou no albergue, proceder ao aluguer de bicicletas para realizar o percurso, trocar de roupa e tomar um banho retemperador no final da jornada.
De Celorico para Norte, a Ecopista tem uma extensão de 17Km, até à Estação do Arco de Baúlhe, na qual está instalado um núcleo museológico. Um dos trechos mais emplogantes é o que antecede a Ponte de Matamá, em Veade, que oferece uma extraordinária vista sobre o rio Tâmega.
De Celorico para Sul, o percurso tem cerca de 22 Km, até à estação de Amarante. Logo no inicio, uma reta enorme permite a entrada num espaço onde reina a solidão da floresta, até chegar à aldeia de Lourido. Entramos, de seguida, numa zona de xisto, em que o percurso se desenvolve ao longo de uma trincheira funda intercalada por trechos de amplos horizontes sobre o vale do Tâmega, que deixam a descoberto o grandioso pendor da montanha.
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Fontes e Créditos: CM Celorico de Basto
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ROTA DO ROMÂNICO EM CELORICO DE BASTO
Castelo de Arnoia
Castelo românico, situado outrora na terra de Basto, enquadra-se no movimento de encastelamento que entre os séculos X e XII marcou o território europeu. Na sua estrutura, posicionada no alto de um cabeço montanhoso, destacam-se quatro elementos defensivos: a torre de menagem o torreão quadrangular, uma única porta e a cisterna.
A memória da pequena vila de Basto ainda persiste ao longo do ramal que lhe deu origem e que ligava a velha estrada da Lixa à importante via Amarante-Arco de Baúlhe, hoje identificada como aldeia do Castelo. O pelourinho, a casa das audiências e a botica lembram a movimentada rua ao longo da qual se desenvolveu a povoação.
Igreja do Salvador de Ribas
A tradição atribui a fundação de um pequeno mosteiro em Ribas pela mão dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Teria cabido a D. João Peculiar, arcebispo de Braga, a proteção deste mosteiro, marcado pela presença do padre D. Mendo, cujo corpo providenciaria milagres muito depois do seu falecimento, em 1170, embora tal não tenha sido documentalmente provado.
Devemos salientar a homogeneidade da Igreja de Ribas, que deve ter sido construída de uma só vez. A decoração mostra grande coerência na sua preferência pelo motivo de pérolas, que surge tanto no interior como no exterior da Igreja. No interior, à semelhança da maioria das igrejas românicas, prevalece outro espírito, marcado pela contrarreforma e pela renovação litúrgica após o Concílio de Trento.
Igreja de Santa Maria de Veade
Edificada no século XIII, sucedendo a uma pequena ermida, a atual Igreja de Veade é, no entanto, uma estrutura profundamente alterada no século XVIII. Do românico subsistem os portais laterais, apesar de revolvidos durante as intervenções barrocas, que reorientaram a Igreja (primitivamente a fachada principal encontrava-se voltada a oeste, seguindo a chamada orientação canónica) e lhe acrescentaram uma cabeceira a oeste.
Igreja do Salvador de Fervença
Igreja de raiz românica, de cujo período e estilo subsiste apenas a capela-mor abobadada. Esta apresenta uma decoração com uma qualidade fora do comum para a região. De facto, pode ser estabelecida uma comparação entre a ornamentação dos capitéis do arco triunfal, compostos por motivos vegetalistas e fitomórficos, com os da Igreja do Mosteiro de Ferreira (Paços de Ferreira).
Na capela cruzam-se várias influências, umas provenientes dos edifícios construídos na margem esquerda do rio Minho, com influência do estaleiro da Sé de Tui; outras oriundas do românico do eixo Braga-Rates, que teve maior impacto nas bacias do Tâmega e do Douro. Os testemunhos existentes levam-nos ao segundo quartel do século XIII.
No exterior é possível observar ainda os contrafortes que sustentam a abóbada de berço, já quebrada. Nas fachadas laterais, as cornijas são sustentadas por cachorros, de decoração geométrica, e entre os quais destacamos um pipo, o motivo dos rolos ou uma composição feita com volutas.
A nave da Igreja resulta de uma reconstrução realizada na década de 1970 e que pode até ter aproveitado parte da primitiva construção românica.
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Fontes e Créditos: CM Celorico de Basto
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