Fica no Alto Minho, na fronteira com Espanha e é uma das mais bonitas e interessantes vilas de Portugal, sede do concelho mais a norte de, inserida numa região montanhosa, banhada pelo Rio Minho, que desde cedo toldou o estilo de vida das populações, que com ele têm uma estreita ligação, falamos de Melgaço.
Melgaço é conhecida sobretudo pelo seu famoso Alvarinho e por incluir, no seu território, partes do Parque Nacional Peneda Gerês. Visitar Melgaço é uma experiência única e não pode fazê-lo sem desfrutar da sua riquíssima gastronomia, sempre com a companhia de um bom vinho da região. Além do património arquitéctonico de dos vários museus que pode visitar, aconselha-se também uma passagem pelo Parque Nacional Peneda Gerês, pela aldeias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro e pelas famosas brandas (sendo as mais notáveis a Branda da Aveleira e a Branda dos Portos). Estes são os melhores locais para visitar em Melgaço.
Região verdejante, tipicamente Minhota, de forte e fértil vegetação, Melgaço orgulha-se do seu bonito património histórico, cultural e arquitetónico, inserido no maravilhoso Parque Nacional da Peneda-Gerês. É uma terra rica em tradições, histórias, lendas e testemunhos de vivências passadas e detentor de uma rica e saborosa gastronomia. Em Melgaço não deve deixar de ser visitar o Solar do Alvarinho, onde se poderão experimentar as diversas variedades deste vinho único no mundo.
Melgaço goza de um raro e inigualável património histórico, natural e cultural. Possui uma grande diversidade de valores culturais que fazem a história das diferentes épocas, desde a Pré-História até aos nossos tempos. O legado arqueológico de Melgaço é rico e diverso, basta atentarmos um pouco nos monumentos megalíticos, castros e monumentos ligados à arquitetura religiosa, civil e militar.
Junto à Galiza, a povoação de Melgaço desenvolveu-se à volta do castelo mandado construir pelo primeiro rei de Portugal D. Afonso Henriques no séc. XII, do qual parte ainda hoje se mantém sobranceiro à vila. Nas redondezas, conservam-se belos monumentos em estilo românico como o Mosteiro de Fiães e as Igrejas da Senhora da Orada e de Paderne. Destaque ainda para a aldeia tradicional de Castro Laboreiro, cuja fundação remonta à Idade do Ferro e dá o nome a uma raça canina que é daqui originária.
Para facilitar ao visitante o acesso e o conhecimento sobre os diversos espaços museológicos existentes no concelho, valorizando-os enquanto conjunto, foi criada uma rede, denominada Melgaço Museus, e da qual fazem parte o Núcleo Museológico da Torre de Menagem e as Ruínas Arqueológicas da Praça da República, o Núcleo Museológico de Castro Laboreiro, o Museu de Cinema e o Espaço Memória e Fronteira.
A cerca de 4 kms de Melgaço, as Termas do Peso são muito procuradas pelas qualidades terapêuticas das suas águas.
Desvendar e sentir Melgaço, requer um combinado de observação e vivência só alcançados quando nos envolvemos no seu quotidiano e descobrimos cheiros, sons, vozes, caminhos e recantos. Esta descoberta realiza-se nas ruas cheias de História que revelam o seu passado, bem como de zonas verdes que se estendem por todo o território, desde a zona ribeirinha até à zona de montanha.
O rio Minho, que alimenta e sacia a sede das nossas margens, também maravilha as nossas gentes, com a sua flora e fauna tão características e peculiares dando-nos momentos de perplexidade, descontração e prazer infindáveis.
Na zona de montanha, entre outros aspetos há que destacar a área protegida portuguesa de estatuto de proteção mais elevado, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, que se caracteriza pela diversidade de ecossistemas pouco alterados pelo Homem e pela diversidade de fauna e flora que possui.
Melgaço realiza anualmente um evento em volta do Turismo de Natureza: ‘Pegada Zero – Jornadas de Turismo de Natureza – PNPG’. O evento contempla várias atividades que permitem conhecer a região, as suas gentes e costumes.
Terra de fronteira, é ainda muito rica em tradições, história, estórias, lendas e testemunhos de vivências passadas, em que a emigração e o contrabando foram muitas vezes protagonistas.
Detentor de uma rica e saborosa gastronomia, o Concelho de Melgaço é igualmente conhecido pela excelência do vinho Alvarinho que aqui se produz, que revela a estreita ligação entre o território e as gentes que o foram habitando ao longo dos tempos, sempre tentando dele extrair os melhores valores, mas preservando-o, de forma inequívoca, e mantendo intactas algumas das mais belas paisagens de Portugal.
Venha desfrutar de Melgaço, um apetecível destino!
SAÚDE E BEM ESTAR
As maravilhosas características do Alto Minho garantem saúde e bem-estar. Melgaço é ótimo para fugir à rotina! Aqui encontra natureza: bom tempo, sol, ar puro e águas límpidas com propriedades terapêuticas. Pode ser nas Termas do Peso, num spa, à beira rio ou nas nossas fantásticas montanhas.
Os momentos de descontração são imprescindíveis para restabelecer o equilíbrio. As propriedades termais das Águas do Peso são reconhecidas e valorizadas desde há muitos anos, mais propriamente desde 1884, aquando da cura da esposa de um médico de Vila Nova Cerveira, que sofria de uma doença de estômago. Desde então, estas termas passaram já por vários momentos, alguns mais áureos que outros.
Passeando pelo Parque Termal, rodeado de uma frondosa vegetação onde passa a ribeira da Bouça Nova, descobrimos as duas nascentes – a Fonte Principal e a Fonte Nova ou Galeria Nova –, a Buvete – um imponente edifício da arquitetura do ferro, desenhada pelo Engenheiro Luís Couto dos Santos –, o Balneário – um exemplar da arquitetura do ferro de dimensões e monumentalidade menores –, a Oficina de Engarrafamento – uma discreta construção industrial –, e o antigo Hotel do Peso – em ruínas, relembrando-nos os tempos em que por aqui não faltavam banhistas.
Hoje, após uma obra profunda de reabilitação e de remodelação total, está dotado de espaços que, conjuntamente com equipamentos de grande qualidade, se complementam perfeitamente para a prática de tratamentos integrados destinados às indicações terapêuticas proporcionadas pela água de Melgaço, pare, respire e aproveite. As termas de Melgaço com águas admiradas pelos seus poderes curativos reconhecidos ao longo dos anos, são um verdadeiro refúgio para os sentidos, será apenas mais um motivo para voltar a esta bela Vila!
---
Fontes e Créditos: www.cm-melgaco.pt
Facebook: municipiodemelgaco
Youtube: Canal Melgaço
CASTELO DE MELGAÇO / NÚCLEO MUSEOLÓGICO TORRE DE MENAGEM
No cimo de um morro sobranceiro à Vila, encontramos esta antiga fortificação, testemunho dos primeiros momentos da nacionalidade portuguesa. Mandada edificar por Dom Afonso Henriques no século XII/XIII, deste antigo castelo resta apenas uma torre de menagem de planta quadrangular, com três pisos e cobertura em telha, e parte da antiga cerca da Vila medieval.
Localizado numa antiga atalaia, oferece soberbas vistas sobre as serras vizinhas e sobre o centro histórico da Vila, com as suas ruas estreitas e as casas em pedra. Passeando na zona intramuros, quem visita sente-se relevado para segundo plano, tal a imponência da estrutura e das vistas que proporciona. Edificado para reforçar a autoridade do recém-criado reino de Portugal, este castelo teve um importante papel na defesa da fronteira do Alto Minho.
É nesta torre quadrangular que, atualmente, podemos encontrar o Núcleo Museológico da Torre de Menagem. Aqui poderá conhecer um pouco sobre o património arquitectónico, histórico e cultural de Melgaço. Circulando pelos seus três andares, descobre-se a história do concelho, desde o período pré-histórico à Idade Contemporânea.
BRANDA DOS PORTOS
A região de Castro Laboreiro impressiona não só pela beleza paisagística, mas também pelo típico casario. A cerca de 1100 metros de altitude mora uma das mais características brandas de Castro Laboreiro: a Branda dos Portos. As brandas são lugares de povoamento concentrado e sazonal, normalmente localizadas em zonas de planalto. Sobretudo usado na Idade Média, o sistema de povoamento era caracterizado por cada família ter duas casas, uma na branda e outra na inverneira.
Ambas eram constituídas por rés-do-chão e primeiro andar, sendo construídas em granito e com telhados em colmo (devido às suas propriedades isotérmicas). Se visitar o Núcleo Museológico de Castro Laboreiro, poderá admirar uma réplica ali existente de uma destas casas castrejas.
A inverneira é a aldeia onde as famílias passavam o Inverno, situando-se a uma altitude mais baixa, em vales abrigados. Na primavera a população subia para as brandas, dispondo de pastos frescos e temperaturas mais amenas.
A Branda dos Portos continua, no entanto, a manter o seu encanto, e merece uma prolongada e atenta caminhada. Vagueie pelos característicos lameiros, dispostos segundo o relevo do terreno e destinados à pastagem e produção de feno. A somar a tudo isto, terá sempre uma inigualável vista panorâmica para a Serra da Peneda, uma visão que esmaga pela sua nobreza e beleza pura!
CONVENTO DAS CARVALHIÇAS
Entre o vasto património religioso e arquitetónico de Melgaço, destaca-se a Igreja e o Convento das Carvalhiças, também designado Convento de Nossa Senhora da Conceição. Este antigo convento, do lado direito da igreja, foi construído no século XVIII, tendo pertencido à Província da Conceição. Olhando com atenção, é possível verificar que já foi um antigo convento, hoje propriedade privada ligada à produção agrícola.
Resta-nos para visitar a igreja conventual franciscana de estrutura maneirista. Passe pelo seu adro e ingresse no interior, onde salta à vista a rica decoração rocócó, assim como o interessante retábulo-mor maneirista e, no lado da epístola, o coreto suportando um órgão barroco de estilo joanino.
ESPAÇO MEMÓRIA E FRONTEIRA
Um dos espaços museológicos mais interessantes de Melgaço é o Espaço Memória e Fronteira. Inserido no antigo edifício do matadouro municipal – remodelado e ampliado em 2007 –, este museu tem como temática a história contemporânea do concelho, com ênfase na emigração e no contrabando.
Percorrendo as suas salas, quem o visita ingressa no mundo da emigração ilegal dos anos 60 e 70, conhecendo todos os momentos, desde as causas, a preparação da viagem e a viagem em si, até ao chegada e vivência no país de acolhimento. Um perfeito retrato social das centenas de filhos da terra que Melgaço viu partir, não esquecendo os reflexos deste êxodo no concelho.
É aqui também feito um retrato do contrabando que fez viver na clandestinidade tantos melgacences. Destacam-se também os testemunhos reais documentados que transportam para a época em que se ia “a salto” para o estrangeiro. Um museu feito de memórias de pessoas reais.
MOSTEIRO / CONVENTO DE FIÃES
Entre o vasto património religioso de Melgaço, destaca-se a interessante igreja românica do desaparecido Mosteiro de Fiães, também conhecido como Convento de Santa Maria de Fiães.
A sua origem não é consensual entre os historiadores: enquanto alguns defendem que esta é uma construção da Ordem de Cister, outros acreditam que parte do monumento é mais antiga, datando da época em que a Ordem Beneditina aqui vivia, em meados do século XII. Segundo estes últimos autores, a mudança arquitetónica entre cluniacenses, da Ordem de São Bento, e cistercienses, da Ordem de Cister, ter-se-á dado no final do século XII, algures entre 1173 e 1194.
Da construção cluniacense destaca-se o corpo de três naves e quatro tramos, separados por arcarias longitudinais de arcos de volta perfeita. Já da construção cisterciense é possível admirar a cabeceira tripartida e escalonada de planta quadrangular, a ábside de dois tramos e, em todo o conjunto, a decoração simples e austera.
Admire ainda a fachada da igreja – atentando no brasão com as armas cistercienses –, atravesse o magnífico portal ogival de múltiplas arquivoltas e descubra o interior da igreja, dando especial atenção ao altar maneirista e ao retábulo de talha dourada barroco. Não deixe de conhecer este imponente templo românico, classificado como Monumento Nacional.
IGREJA / CONVENTO DE PADERNE
No concelho de Melgaço o turista depara-se, a cada passo, com edifícios de inegável valor arquitetónico e histórico. Em Paderne, mais propriamente no lugar do Convento, está a Igreja do Convento de Paderne, também conhecida como Igreja do Divino Salvador, pertencente ao antigo Convento de Paderne.
Deste antigo convento restam apenas três faces do claustro que, apesar de se encontrar em ruínas, merece uma visita pelos soberbos pormenores arquitetónicos. Visite depois o interior da igreja – passando pelo interessante portal românico –, onde se deslumbrará com os azulejos seiscentistas numa das paredes, com o retábulo de talha dourada da capela-mor e com diversas imagens em madeira policroma. Da primitiva igreja, datada do século XII, resta apenas um fragmento de um friso e um interessante capitel onde está representada a Descida de Cristo aos limbos.
Não abandone o local sem passear pelo adro exterior, rodeado por um amplo largo onde o silêncio impera.
PORTA DO PARQUE NACIONAL PENEDA-GERÊS DE LAMAS DE MOURO
Uma das portas de entrada do paradisíaco Parque Nacional da Peneda-Gerês é a Porta de Lamas de Mouro. Inaugurada em 2004 em resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Melgaço e o Parque Nacional da Peneda-Gerês, esta foi a primeira das cinco portas do Parque, possuindo várias infraestruturas de apoio aos visitantes.
Assume-se como um espaço privilegiado para o primeiro contacto do visitante com o Parque, denotando também uma vertente mais formativa que visa um turismo sustentável e a preservação da natureza. Por último, afirma-se ainda como um importante polo de desenvolvimento regional, promovendo produtos locais.
Percorra os seus três edifícios e diversos espaços ao ar livre, que abrangem um total de cerca de dez hectares. Na receção pode recolher informação privilegiada sobre todas as vertentes do parque, com destaque para os percursos pedestres. No mesmo edifício, aproveite para merendar no seu café ou para assistir a alguma palestra no seu auditório.
Na Oficina Temática existe um espaço mais vocacionado para atividades lúdico-pedagógicas, com salas dedicadas à pintura, desenho e reutilização de materiais. Visite também a interessante exposição permanente intitulada “Ordenamento do Território”.
Para finalizar, descontraia na ampla área de lazer exterior, onde pode encontrar belos recantos verdejantes, parques de merendas, balneários e até um parque de campismo. Um bom ponto de partida para partir à descoberta desta magnífica área protegida.
SOLAR DO ALVARINHO
Seria uma grave falha passar por Melgaço e não conhecer o Solar do Alvarinho, uma casa seiscentista, Casa Mãe da Rota do Vinho Alvarinho e também apelidado de “Edifício dos Três Arcos”. Inaugurado em 1997 no edifício que anteriormente albergava a Câmara Municipal e a cadeia, este espaço surgiu para suprir a necessidade de um local que promovesse e divulgasse o famoso vinho Alvarinho. De certeza que já provou esta famosa casta da sub-região de Monção-Melgaço. Caso contrário, este é o local ideal para uma prova!
Aqui é possível também conhecer outros produtos típicos, que aproxima quem nos visita das raízes tradicionais e culturais das gentes de Melgaço. Percorrendo os seus dois pisos, encontra-se uma sala de provas, onde estão expostas todas as marcas de vinho Alvarinho produzidas no concelho; uma sala de reuniões para acolher palestras, reuniões e exposições temporárias; um bar de apoio onde tem a oportunidade de reconfortar o estômago com várias iguarias regionais e encontrar algumas raridades, como o Alvarinho fermentado em madeira, o espumante e a aguardente Alvarinho; e ainda uma loja onde poderá adquirir, para além do vinho, peças de artesanato (como bordados, rendas e linhos), presunto, enchidos, broa, mel e hidromel. Um sem fim de iguarias de fazer crescer água na boca… Não resistirá a levar umas quantas garrafas e algum fumeiro como recordação!
TRILHO CASTREJO
Este trilho permite-nos conhecer os antigos caminhos que ligavam as brandas às inverneiras, um interessante sistema de povoamento utilizado pelos nossos antepassados – o povo castrejo. Este trilho leva-nos a conhecer as inverneiras de Barreiro, Assureira, Curveira, Bico, Cainheiras e Varziela.
Ao passar por Castro Laboreiro, não deixe de admirar os elementos pré-românicos e góticos da Igreja Matriz e a grandiosidade do Castelo, local onde se pode usufruir de uma panorâmica do planalto.
De Pequena Rota, o Trilho Castrejo encontra-se sinalizado, levando-nos através de 17 quilómetros, ao longo das quais salta à vista a riqueza da fauna e flora da região. Passamos por frondosos bosques de carvalho-alvarinho, matos rasteiros onde despontam coloridas flores e ribeiros e regatos de água cristalina. Destes caminhos, com origem na Idade Média, restam ainda algumas pedras de calçada e pontes de arco antigas, a relembrar-nos a antiguidade da ocupação humana deste território.
BRANDA DA AVELEIRA
A Branda da Aveleira, uma das muitas brandas existentes nas zonas mais altas da região, é utilizada desde o século XII, na altura da Primavera e do Verão, como branda de pastoreio. Localizada nas imediações do Parque Nacional da Peneda-Gerês, nos limites dos concelhos de Melgaço, Monção e Arcos de Valdevez, era para aqui que, todos os anos, na altura mais quente do ano, os brandeiros subiam com os seus rebanhos, deixando os terrenos situados a altitudes mais baixas disponíveis para o cultivo do milho e do feijão. Facilmente afiguramos estes campos verdejantes apinhados de gado ovino, bovino, cavalar e até caprino.
Por volta dos anos 60 e 70, a emigração deixou a aldeia semi-abandonada mas, anos depois, os habitantes voltaram, aproveitando fundos comunitários para requalificar as suas habitações para turismo de aldeia. Actualmente, podemos aqui encontrar cerca de oitenta cardenhas (10 recuperadas para Turismo) – pequenas construções rústicas em pedra onde os brandeiros pernoitavam, sendo o piso inferior destinado ao gado, o que permitia aquecer o andar superior. Percorrendo o caminho em paralelo que as separa, encontramos um pequeno e sublime lago, muito utilizado no Verão para uns bons banhos.
Um sítio verdadeiramente idílico, que não esquecerá certamente.
CASTRO LABOREIRO
Pertence ao concelho de Melgaço e situa-se no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Possui um dos mais ricos patrimónios pré-históricos do país que reúne gravuras e pinturas rupestres, 120 Dólmenes (datados de há 5000 anos) e Cistas (monumentos megalíticos funerários).
Esta aldeia possui um património histórico e arquitetónico de grande riqueza, destacando-se um tipo próprio de construções castrejas existentes em Castro Laboreiro: o Castelo de Castro Laboreiro – classificado como monumento nacional; a Igreja Matriz de Castro Laboreiro; o Pelourinho de Castro Laboreiro, datado do século XVI, classificado como imóvel de interesse público; igrejas medievais; os fornos comunitários; os espigueiros; e os moinhos.
Castro Laboreiro é uma das aldeias mais emblemáticas do Parque Nacional da Peneda Gerês, resultado do isolamento que sofreu no passado, o qual permitiu que chegassem intactos nos nossos dias, aspetos do património histórico e cultural da aldeia, como a arquitetura, a paisagem e o modo de vida das suas gentes, ainda hoje marcado por um forte espírito comunitário.
Situada no extremo Norte do Alto Minho e de Portugal. Está localizada no cimo da montanha, a mais de mil metros de altitude, levou a que os castrejos defendessem os seus costumes, e tradições de todas as influências estranhas, e que ainda hoje persistem. Uma dessas tradições é a das inverneiras e das brandas. Em meados de Dezembro, com a chegada do frio e dos nevões, as populações de Castro Laboreiro pegam nas suas roupas, utensílios caseiros e de lavoura e ‘tangendo o gado, migram em massa para os vales, onde possuem uma segunda casa e uma segunda aldeia.’ (Rocha, 1993, p. 127). E ficam nas Inverneira, abrigados do frio, até meados de março.
No Núcleo Museológico de Castro Laboreiro é possível conhecer os hábitos, costumes e tradições das gentes da terra. Terra das ‘viúvas dos vivos’, nome a que os seus habitantes davam às mulheres cujos maridos, filhos e netos emigravam em busca de condições de vida melhores.
É uma região de grande beleza, serpenteada pelo rio Laboreiro, que é atravessado por inúmeras pontes representativas das épocas romana ou medieval, das quais sobressaem a Ponte da Dorna, a Ponte da Capela, a Ponte Nova ou da Cava Velha e a Ponte Velha.
Castro Laboreiro é também conhecido pelo seu fumeiro e enchidos, confecionados de forma tradicional, por mãos hábeis e com o saber de anos e anos. O guardião desta localidade é o Cão de Castro Laboreiro, defendendo o gado do grande predador, o Lobo Ibérico, conhecido pela sua rusticidade, caráter e nobreza desde tempos idos.
Recorde-se que Castro Laboreiro foi finalista nas 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias (em 2017) e foi distinguida com o Prémio 5 estrelas, na categoria ‘Aldeias e Vilas’, no âmbito do concurso ‘Portugal Cinco Estrelas’ 2018.
---
Fontes e Créditos: www.cm-melgaco.pt
Facebook: municipiodemelgaco
Youtube: Canal Melgaço
A gastronomia deste município é um grande atractivo turístico devido à abundância e qualidade dos seus produtos e à sua cuidada elaboração culinária. A importância de determinados produtos alimentares e gastronómicos permite oferecer, não só, uma gastronomia com um atractivo turístico mas também implica um conhecimento da riqueza cultural, manter a tradição e fomentar o desenvolvimento económico local.
A cozinha tradicional melgacense é simples mas de grande qualidade, havendo uma relação directa entre os ingredientes colhidos na região e os pratos típicos tradicionais, nomeadamente o cobiçado cabrito assado no forno de cozer o pão, a lampreia com arroz à bordalesa, frita com ovos ou assada, as trutas do Rio Minho abafadas, o sarrabulho, os grelos com rojões, a bola da frigideira, o bolo da pedra, a água d’unto, o bucho doce, as migas doces e os pastéis mimosos. Junte-se-lhe o insinuante presunto, de cor rosa-avermelhada, de Fiães e Castro Laboreiro, os diversos enchidos e acompanhados com um vinho Alvarinho, reúne todas as condições para usufruir de uma refeição magistral.
Melgaço é um roteiro obrigatório dos apreciadores e especialistas gastronómicos. O visitante pode desfrutar e deliciar-se com os nossos produtos que, depois de confeccionados com sabedoria, oferecem um toque do bom sabor tradicional de antigamente.
E como não podia deixar de ser, estes pratos ficarão mais apaladados se forem regados com um vinho único: O Alvarinho, orgulho das nossas gentes.
VINHO ALVARINHO
Falar de Alvarinho é falar de Melgaço e Monção. Razões naturais de microclima e solo, fizeram da sub-região delimitada por estes dois concelhos, não só o berço, mas o solar do Alvarinho, pois proporcionam a este vinho uma elevada tipicidade.
A casta Alvarinho é considerada, por muitos, a melhor casta branca enxertada nas vinhas portuguesas. A sua raridade, a baixa produção e, principalmente, o facto de dar origem a vinhos únicos em termos de aroma e sabor, leva a que as uvas Alvarinho sejam as mais valiosas e bem pagas de todo o País. Tal facto faz com que o vinho Alvarinho seja um vinho nobre e com grande capacidade de concorrência nos mercados nacionais e internacionais, que talvez poucos vinhos portugueses terão.
Esta casta só se produz até 200 metros de altitude, sendo nesta sub-região (concelhos de Melgaço e Monção) onde existem as condições ideais de microclima e solo para o cultivo e maturação desta uva única e genuína.
Melgaço é um Município rural que aposta essencialmente do desenvolvimento sustentável, tendo o vinho Alvarinho um papel vital neste desenvolvimento. A casta Alvarinho veio trazer à agricultura um novo e indiscutível impulso de progresso e riqueza. A aceleração do crescimento dos últimos 15 anos foi decisiva para a evolução sócioeconómica do concelho. Onde antes crescia milho e outras culturas próprias de uma agricultura de subsistência erguem-se, agora, cerca de 800 hectares de vinha.
Este concelho tem feito um esforço muito grande no que diz respeito à promoção e valorização deste produto. As vendas assentam, essencialmente, na qualidade e na boa imagem de marca que os produtores individuais espontaneamente foram granjeando. É, aliás, reconhecido aos produtores engarrafadores um importante papel na criação dessa imagem de qualidade, contribuindo para o alargamento dos mercados clientes.
FUMEIRO TRADICIONAL
Quem poderá duvidar que o fabrico do fumeiro tradicional é uma arte?…
Portugal possui um leque variado de produtos agrícolas e agroalimentares com uma qualidade reconhecida a nível nacional e comunitário, com base na sua origem geográfica ou com base no modo particular de produção, baseado em hábitos ancestrais, transmitidos de geração em geração.
Os últimos anos têm recordado que a agricultura tradicional reserva um potencial importante, nomeadamente os produtos artesanais e regionais de elevada qualidade. Os enchidos e presuntos de Trás-os-Montes, Beiras, Minho e Alentejo foram e continuam famosos. Entre vários fatores que poderão explicar as diferenças de qualidade entre regiões e ecossistemas, encontram-se os métodos de transformação, o ambiente e os fatores genéticos (tipo de animal utilizados).
O Fumeiro de Melgaço pela sua natureza e indiscutível excelência desenvolvida ao longo de séculos, detém um importante relevo no panorama do desenvolvimento agrário, gastronómico e cultural da região. Preparado e curado em condições naturais, pelas suas excecionais qualidades organoléticas de aspecto, cor, textura ou consistência, aroma e paladar, tem pergaminhos firmados há já mais de 500 anos.
O fumeiro de Melgaço, nomeadamente os presuntos e enchidos, não constituem, hoje, nenhuma inovação de qualidade ou originalidade, na medida em que estes já eram produzidos há muitos anos. No entanto, por serem considerados, desde sempre, produtos de alta qualidade, passaram a ocupar um lugar de destaque na nossa sociedade e hábitos gastronómicos.
As boas características organoléticas dos produtos do fumeiro tradicional ainda se mantêm ligadas ao fabrico artesanal e à família rural. São raízes às quais não nos podemos aliar porque são a base dos nossos produtos e são o elo de ligação com um passado rico de histórias e um presente feito na história.
Atualmente pode-se falar de novas perspetivas e de um futuro que promete mais estabilidade. Vale a pena investir nestes produtos que nos oferecem abastança, qualidade e, ao contrário do que antes se pensava, são benéficos para a saúde, nomeadamente no que do porco mais se temia: a sua gordura.
Esta realidade atual jogará um papel fundamental na agricultura do presente e certamente do futuro, onde a qualidade dos produtos protegidos, como já hoje acontece com o vinho Alvarinho, constituirão obrigatoriamente motivo de escolha do consumidor pela segurança e proteção da saúde pública e do ambiente.
---
Fontes e Créditos: www.cm-melgaco.pt
Facebook: municipiodemelgaco
Youtube: Canal Melgaço