VILA REAL, TRADIÇÃO E FUTURO
Visitar Vila Real é descobrir, nas palavras do escritor transmontano e duriense Miguel Torga, um Reino Maravilhoso! É encontrar uma cidade cosmopolita mas envolvida por uma moldura natural autêntica, num local onde as arquiteturas vanguardistas vivem em harmonia com o antigo: Palácio de Mateus, Capela Nova, o secular Santuário de Panoias, entre outros.
Vila Real é uma cidade que pretende assumir a sua capitalidade como motor económico de toda uma região, procurando afirmar-se como um território de investimento futuro dada a sua localização privilegiada e geoestratégica.
Cidade capital da província de Trás-os-Montes, Vila Real ergue-se a 427 m sobre um promontório que forma como que uma península entre os rios Corgo e Cabril, sobre o qual sobressai o seu gracioso casario.
Hoje, quem visita Vila Real não deixará de ficar surpreendido à vista das numerosas pedras de armas que enobrecem as fachadas de muitos edifícios. O brasão da cidade, gravado com uma espada e um bastão, resume a história do seu primeiro conde.
Cidade bonita e aprazível, onde o olhar se perde pelas montanhas que a rodeiam, comece por conhecer o local onde, no séc. XIII, se fixaram os primeiros moradores, a "Vila Real medieval", prosseguindo pela "Vila Real antiga" e terminando o seu passeio no frondoso Parque do Município, junto da moderna Vila Real. Aqui sugerimos a subida ao alto do Calvário, onde terá uma bonita perspectiva semi-circular sobre a cidade, abrangendo, a poente, as serras do Marão e do Alvão e, a sul, a cadeia montanhosa de Montemuro. Para norte deste miradouro ficam os bairros modernos, que se têm vindo a desenvolver nos últimos cem anos.
A cerca de 3 Km da cidade procure uma das mais notáveis jóias do Barroco português: o Palácio de Mateus.
Com as suas terras férteis e produtivas, Vila Real apresenta vestígios de ocupação humana desde o paleolítico. Da ocupação romana da região podemos encontrar o Santurário de Panóias.
Em 1296, o rei D. Dinis atribui-lhe foral e é fundada Vila Real de Panóias. A sua localização privilegiada, no cruzamento das estradas Porto - Braçança e Viseu - Chaves permite um crescimento sustentado. A presença, a partir do século XVII da Casa dos Marqueses, faz com que muitos nobres da corte também aqui se fixem. Facto comprovado por várias pedras-de-armas com os títulos de nobreza dos seus proprietários que se vêem ainda hoje na cidade.
Junto a Vila Real encontra-se o Palácio de Mateus, solar de arquitectura barroca cuja traça é atribuída a Nicolau Nasoni. A zona do palácio é soberba com jardins variados e de diferentes épocas, um lago e um pátio com espécies botânicas exóticas.
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, atraiu para a cidade população jovem que veio dar uma nova vida à cidade.
Em termos gastronómicos encontramos a Vitela e o Cabrito Assado, as Tripas aos molhos, a Carne Maronesa, os Covilhetes, a Bola de Carne e os Enchidos. A pastelaria é rica em doces conventuais: as Tigelinhas de Laranja, os Pastéis de Santa Clara, as Cristas de Galo, os Pitos de Santa Luzia e as Ganchas.
Típico de Vila Real, o barro preto de Bisalhães é um dos seus principais produtos de artesanato, sendo considerado Património da Humanidade pela UNESCO, destacando-se de entre as várias a chamada "Bilha dos Segredos"; também se destaca o linho de Agarez e a tecelagem.
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Fontes e Créditos: www.cm-vilareal.pt
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PALÁCIO DE MATEUS
O Palácio de Mateus é um Solar construído no século XVIII, um dos mais belos representantes do período barroco em Portugal. A sua construção tem a assinatura de Nicolau Nasoni, conhecido pela construção da Torre dos Clérigos no Porto. O Palácio é constituído pela Casa principal, pelos bonitos jardins, a Adega e uma Capela.
No interior da Casa podemos encontrar uma biblioteca, onde se destaca entre os inúmeros livros a célebre edição ilustrada dos Lusíadas de Luís de Camões, editada em 1816. Várias peças de mobiliário, tapetes, loiças e vestes podem ser encontrados nas várias divisões.
A escultura de João Cutileiro, que desde 1981 dorme no Lago, integrou já a imagem da Casa.
O Palácio de Mateus fica situado a cerca de 3 kms de Vila Real. Pode estacionar o carro gratuitamente em frente à entrada principal ou numa das ruas laterais do palácio. O estacionamento dentro do palácio é pago.
Ao entrar, encontra a bilheteira ao seu lado direito e um caminho de terra rodeado de árvores. Ao passar pelo caminho as árvores abrem-se e depara-se com uma linda vista do palácio de Mateus, e do seu lago. É uma imagem digna de um postal.
Seguindo à volta do lago, pode seguir até à casa principal. As visitas guiadas começam na Adega, situada à esquerda do palácio. Aos jardins pode aceder passando pelo piso térreo da casa, junto às cavalariças ou circulando o palácio pela sua direita.
Dado que as visitas começam a horários definidos pode, fazer tempo passeando pelos bonitos jardins. Os jardins estão magnificamente bem arranjados, e delineados com bucho verdejante e canteiros florais. Um túnel de cedros cobre a escadaria nascente em frente ao qual existe um lago.
O esplêndido solar do Palácio de Mateus está retratado nos rótulos do famoso vinho Mateus rosé.
Horários: De Maio a Outubro, das 9h00 às 19h30 | De Novembro a Abril, das 9h00 às 18h00.
Fecha ao público no dia 25 de Dezembro.
Mais informação: www.casademateus.com
SÉ CATEDRAL DE VILA REAL
Em 1424 iniciaram-se as obras da então igreja do antigo convento de S. Domingos, mas com a nacionalização dos bens monásticos em 1834 e com a deflagração de um terrível incêndio em 1897, as antigas instalações conventuais foram praticamente destruídas. Salvou-se o templo que mais tarde em 1922 e por ordem do papa Pio XI, elevaria Vila Real a diocese e a igreja passaria a ser Sé Catedral.
Este monumento é particularmente notável pelo seu conjunto de capitéis esculpidos, de vigoroso naturalismo e pelos arcossólios góticos onde jazem diversos membros da nobreza local. Pode-se ver na parte frontal do templo elevarem-se dois poderosos contrafortes que demarcam as naves, entre os quais avança ligeiramente o corpo onde se rasga o bonito mas singelo portal gótico. Uns metros acima abre-se um largo óculo, provavelmente uma rosácea. A porta lateral do lado Norte é do mesmo tipo, mas mais simples, a porta do lado Sul é formada por um arco redondo com invulgar moldura de almofadadas em ponta de diamante.
A sólida igreja que apesar de gótica mantem um acentuado cunho românico, viria a sofrer algumas alterações no século XVIII e em 1755 foram realizadas obras de onde saíram algumas modificações na estrutura da cabeceira, passando a sacristia e a capela-mor a ostentarem uma ornamentação exterior de estilo rocaille, igualmente patente na imponente nova torre sineira que foi adossada ao seu flanco sul.
PARQUE NATURAL DO ALVÃO
O Parque Natural do Alvão fica situado nos concelhos de Vila Real e Mondim de Basto. Foi criado em 1983 e tem uma área de 7239 hectares. No parque, vários acidentes geológicos dão origem a espetaculares quedas de água, sendo as Cascatas de Fisgas de Ermelo as mais conhecidas. O rio Olo cai de uma altura de cerca de 200 metros atravessando as rochas por entre fragas e penhascos cria uma das mais belas vistas do parque.
Descubra a beleza imaculada do Parque Natural do Alvão, uma área protegida que se estende por mais de 7220 hectares com dois territórios distintos: uma zona montanhosa frequentemente coberta de neve e uma zona basáltica de vales fluviais. Entre as espécies raras presentes no parque contam-se o lobo-ibérico e a águia-real, bem como uma enorme diversidade de árvores e plantas. Os visitantes podem praticar rafting nos inúmeros cursos de água ou admirar a paisagem virgem com quedas de água e aldeias tradicionais, construídas com ardósia e xisto.
No parque encontramos duas zonas distintas. Em Lamas de Olo, a uma altitude de 1000m predomina o granito e uma vegetação de alta montanha, numa paisagem tipicamente transmontana. Em baixo, junto a Ermelo predomina o xisto e uma paisagem verdejante tipicamente minhota. O rio Olo une estas duas zonas distintas através da Cascata de Fisgas de Ermelo.
As casas nas aldeias típicas de Anta, Lamas de Olo e Ermelo são construídas em xisto, granito e colmo, numa arquitetura típica da região. O parque tem vários percursos sugeridos que pode seguir a apreciar as lindas paisagens e a fauna como o falcão peregrino, a toupeira de água, o gato-bravo, o lobo ibérico ou a águia real apesar de praticamente extinta.
SERRA DO MARÃO
A região da Serra do Marão abrange um extenso território e de paisagens diversificadas situado entre as fronteiras com a região do Minho, do Douro e de Trás-os-Montes. A Serra do Marão, colosso de xisto com 1419 m de altitude, é o acidente orográfico central e mais importante. É uma região que proporciona o lazer e o conhecimento dos valores paisagísticos, humanos e ambientais.
A Serra de Marão é um maciço em granito e xisto limitado a Este pelo Corgo, a Oeste pelo Tâmega e a Sul pelo Douro. Os movimentos tectónicos que provocaram o seu surgimento deram lugar a grandes diferencias de altitude entre os seus cumes, e a forte acção erosiva deu lugar a um paisagem desolada. Na estrada entre Vila Real e Amarante, das primeiras encostas, o milho, os pinheiros e os castanheiros substituem aos vinhedos, pomares e olivais.
SANTUÁRIO DE PANÓIAS
O Santuário de Panóias, também chamado de Fragas de Panóias, é um dos maiores e mais bem preservados dos santuários rupestres da Península Ibérica, sendo constituído por um conjunto de três afloramentos graníticos nos quais foram esculpidas as características comuns a estes santuários como escadas talhadas na pedra, pias sacrificiais e outras cavidades de dimensão substancial, assim como inscrições em latim que nos revelam a liturgia associada.
O santuário está localizado no Vale de Nogueiras em Vila Real e foi claramente romanizado, sendo a sua construção ou remodelação de acordo com o auspício romano atribuída a C. Gaius Calpurnius Rufinus, um senador romano que é referido nas inscrições e que terá introduzido na região o culto ao deus grego/egípcio Serápis, provavelmente sob a forma de uma religião de Mistérios, tendo adaptado o santuário de Panóias para a sua veneração, mas mantido em simultâneo o culto a deuses indígenas identificados nas inscrições como os Lapitae.
IGREJA DOS CLÉRIGOS
A Igreja de São Paulo, também conhecida como Capela Nova e como Igreja dos Clérigos, é uma construção barroca do século XVIII atribuída ao arquitecto italiano Nicolau Nasoni.
Trata-se de um templo elegante com uma fachada imponente, situada em posição privilegiada no centro histórico de Vila Real. Merece a pena prestar atenção ao painéis de azulejos que retratam as vidas de São Pedro e São Paulo e, ao retábulo de estilo renascentista.
CASA DE DIOGO CÃO
Casa cuja construção se pensa datar do séc. XV e onde, segundo diz a tradição, terá nascido Diogo Cão, o famoso Navegador enviado por D. João II em viagens de descobrimento para a costa ocidental Africana, e que chegou à foz do rio Zaire na segunda metade do séc. XV. Da sua experiência das viagens, Diogo Cão tirou o ensinamento de que convinha, para atingir a África do Sul, navegar pelo largo como fez posteriormente Vasco da Gama.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA E NUMISMÁTICA DE VILA REAL
O Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real é um museu de caráter regional, considerando o âmbito do acervo que o compõe. Como objetivo primordial, o Museu é um ponto de partida de conhecimento e interpretação da região em que se insere, região essa muito rica em vestígios patrimoniais e com uma já longa tradição no domínio da investigação arqueológica. As coleções do Museu são primordialmente de arqueologia e numismática, mas possui também uma coleção de arte.
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Rica em olfatos e sabores, os seus vinhos: Rosés, Maduros e Porto. A sua Gastronomia única: Covilhetes, Cristas de Galo, Tripas aos Molhos e o célebre produto autóctone da Carne Maronesa – DOP, que apascenta nas montanhas do Alvão e Marão, um lugar mágico onde a água jorra das rochas altivas, seguindo o seu curso entre cascatas altivas e longos regadios pelos prados verdejantes.
Vila Real tem como especialidades as sopas, a vitela e o cabrito assados com arroz de forno, as tripas aos molhos, os covilhetes, a carne maronesa, o joelho da porca, a bola de carne e diversos enchidos. O vila-realense teve sempre o gosto da boa mesa, adoptando como suas algumas especialidades de outros locais, como os pratos de bacalhau, o cozido à portuguesa, os milhos (Ribeira de Pena), etc.
No campo da pastelaria, o destaque vai para os pastéis de toucinho ou "cristas de galo" e os pastéis de Santa Clara conventuais, as tigelinhas de laranja, os pitos de Santa Luzia, os cavacórios e bexigas, e os santórios. Destaque também para uma especialidade de confeitaria: as ganchas.
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